O Ibovespa emendou o terceiro pregão seguido em queda, puxado por preocupações envolvendo a saúde fiscal do Brasil e o retorno do auxílio emergencial. Com isso, o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira voltou para o campo negativo no ano. A saber, na última semana, o indicador teve um avanço robusto de 4,5%, embalado pela vitória dos candidatos apoiados pelo governo nas eleições do Congresso Nacional. Contudo, as três sessões no vermelho desta semana reverteram o resultado e puxaram o índice novamente para a vermelhidão. Agora, o Ibovespa acumula perdas de 0,49% em 2021.
Aliás, hoje (10) o indicador caiu 0,87% e fechou o pregão aos 118.435 pontos. Já na semana, o recuo acumulado está em -1,50%. E isso aconteceu, principalmente, devido à insegurança envolvendo o retorno do auxílio emergencial. Em suma, o benefício, que foi disponibilizado para as parcelas mais vulneráveis da população brasileira em 2020, ganha cada vez mais força para voltar.
Dessa forma, há bastante receio entre os mercados, porque, segundo os analistas, essa volta envolve a situação fiscal do Brasil, que continua muito delicada. Ao mesmo tempo, muitos não conseguem imaginar de onde o governo irá retirar dinheiro para financiar novas rodadas do auxílio. Além disso, o teto de gastos públicos, mais uma vez, corre risco de ser perfurado. E a população mais vulnerável continua desamparada nesta segunda onda de infecções e mortes provocadas pela pandemia da Covid-19.
Apenas 17 ações do Ibovespa sobem no dia
Em resumo, a carteira do Ibovespa possui 81 ações. Destas, apenas 17 subiram no dia. E, entre compras e vendas, todas estas ações movimentaram R$ 23,9 bilhões no dia, o que representa uma queda de 4,69% em relação à média diária no ano, de R$ 25,1 bilhões. Assim, entre os poucos avanços do dia, os mais expressivos ficaram com: Suzano ON (2,25%), PetroRio ON (2,17%), Totvs ON (1,88%), Petrobras ON (1,23%) e Weg ON (1,20%). Nesse caso, os papéis da Suzano subiram, em antecipação à divulgação do balanço da companhia no quarto trimestre do ano passado.
Por outro lado, as maiores quedas percentuais vieram de: BTG Pactual units (-4,37%), Cogna ON (-4,07%), EZTEC ON (-3,91%), Via Varejo ON (-3,88%) e Cielo ON (-3,69%). Aqui, a BTG Pactual caiu, puxada por reajustes que a companhia vem passando após a divulgação do seu balanço na última terça-feira (9).
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