O Ibovespa começou o mês de fevereiro com tudo. Na primeira semana do mês, o índice acumulou alta de 4,5% e conseguiu reverter o resultado negativo de janeiro. Aliás, no primeiro mês do ano, o indicador teve perdas de 3,37%. No entanto, com o firme avanço na semana passada, passou a acumular ganhos de 1,03% em 2021. Agora, essa trajetória voltou a cair.
Na última semana, houve muita animação do mercado com a vitória do deputado Arthur Lira (PP), para a presidência da Câmara dos Deputados, e do senador Rodrigo Pacheco (DEM), para o Senado Federal. Os investidores acreditavam em menos ruídos entre os poderes Executivo e Legislativo, já que o presidente Jair Bolsonaro apoiou ambos. Isso acabou ficando de lado nesta semana.
Um ponto bastante positivo na semana veio da aprovação do projeto de autonomia formal do Banco Central (BC), que permitiu certo respiro para o Ibovespa. Isso animou o mercado, pois, com essa aprovação, há esperanças de que a agenda de reformas também seja aprovada. A saber, a Câmara dos Deputados decidiu favoravelmente ao projeto na última quarta (10), e isso animou o mercado em geral. Agora, a pauta seguiu para a sanção do presidente Jair Bolsonaro.
Veja o que puxou o Ibovespa pra baixo
Em contrapartida, o retorno do auxílio emergencial ficou cada vez mais em evidência. E a pauta até avançou um pouco nestes últimos dias. Pelo menos, agora, não há mais dúvidas sobre novas rodadas do benefício, mas sim qual o impacto que causarão nos cofres públicos. E, claro, qual mágica precisará ser feita para que as despesas caibam dentro do teto de gastos, sem pedaladas fiscais ou excepcionalidades.
Aliás, a semana também ficou marcada pelo intenso debate sobre o valor dos combustíveis no Brasil. De acordo com o presidente Bolsonaro, o governo federal pretende modificar a estrutura de tributação do setor. A saber, ele encaminhou ontem (12) uma proposta para modificar a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis e energia.
Segundo ele, o projeto permitiria maior previsibilidade no setor, bem como reduziria os preços finais dos produtos. O problema é que, apesar de a Petrobras e o próprio governo afirmarem que a estatal não sofrerá interferências diretas do governo, as preocupações em relação à transparência das decisões da companhia falaram mais alto durante toda a semana.
Por fim, com todas estas notícias, o Ibovespa acabou caindo 0,68% na semana. Porém, no ano, continua acumulando ganhos (0,35%), apesar de menores que os da semana passada. A propósito, a bolsa brasileira não irá operar até as 13h da quarta-feira de cinzas (17), devido ao feriado de Carnaval, mesmo com o cancelamento da festa popular mais tradicional do Brasil.
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