Números divulgados nesta sexta-feira (01) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a economia do Brasil cresceu 0,9% no segundo trimestre de 2023. Isso, levando em conta o trimestre anterior e com base em dados do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais que traz o Produto Interno Bruto (PIB) – em relação ao mesmo período do ano anterior, a economia brasileira cresceu 3,4%.
Esse número revelado nesta sexta é maior do que o que fora projetado pelo consenso Refinitiv, que tinha previsto um crescimento de 0,3% da economia na base trimestral, e de 2,7% na comparação anual. No primeiro trimestre deste ano, o resultado uma alta de 1,9%, em um valor que chegou a R$ 2,6 trilhões. Com o resultado revelado nesta sexta, constata-se que houve avanço de 3,7% no primeiro semestre do ano.
De acordo com o IBGE, levando em conta os últimos quatro trimestres, constata-se que PIB brasileiro registrou uma alta de 3,2% ante ao mesmo período do ano anterior. Além disso, o instituto também relata que os dados colhidos mostram que, em valores correntes, a soma dos bens e serviços finais produzidos no Brasil totalizou R$ 2,651 trilhões entre os meses de abril a junho.
No documento publicado pelo instituto, Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, explica que a alta no PIB do segundo trimestre é explicada pelo bom desempenho da indústria (0,9%) e dos serviços (0,6%). Segundo ela, como as atividades de serviços respondem por cerca de 70% da economia do país, o resultado do setor tem uma grande influência na expansão do PIB.
“O que puxou esse resultado dentro do setor de serviços foram os serviços financeiros, especialmente os seguros, como os de vida, de automóveis, de patrimônio e de risco financeiro. Também se destacaram dentro dos outros serviços aqueles voltados às empresas, como os jurídicos e os de contabilidade, por exemplo”, explicou ela.
O setor de serviços não sabe o que são variações negativas há 12 trimestres, estando, hoje, em seu ponto mais alto da sua série. Por outro lado, as atividades industriais ficaram no campo positivo pelo segundo trimestre seguido. Conforme os dados, quando comparado com o mesmo período do ano anterior, constata-se que a indústria cresceu 1,5%, enquanto o setor de serviços teve uma alta de 2,3%.
Por fim, é possível ver que, dos grandes setores da economia, somente a agropecuária registrou um recuo, que foi de -0,9%. Essa retração vem depois de um avanço de 21,0% no primeiro trimestre. “Se olhamos o indicador interanual, vemos que a agropecuária é a atividade que mais cresce. O resultado é menor porque é comparado ao trimestre anterior, que teve um aumento expressivo. Isso aconteceu porque 60% da produção da soja é concentrada no primeiro trimestre”, disse Rebeca Palis.
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