As equipes que cuidam da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do atual chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL) trataram de temas distintos no horário eleitoral veiculado na televisão nesta terça-feira (11). Apesar disso, os dois, que se enfrentem no segundo turno das eleições, marcado para o próximo dia 30 deste mês, trocaram acusações.
Na campanha do PT, Lula afirmou que Bolsonaro acusa o petista com o objetivo de “cobrir algo que ele mesmo faz”. Na ocasião, citou-se entrevistas do presidente sobre o aborto e medidas do governo federal para facilitar o acesso às armas. Ainda na propaganda, a campanha de Lula destacou reportagens sobre suspeitas de compras de imóveis com dinheiro vivo pela família do atual chefe do Executivo.
A propaganda eleitoral destacou também o crescimento econômico durante os governos Lula e ainda apresentou o “Desenrola Brasil”, que tem como intuito a renegociação de dívidas e geração de empregos. Durante a apresentação do programa, Lula disse que seu governo vai “aumentar o salário mínimo, porque o salário mínimo é a base para 30 milhões de pessoas”. “É importante que ele aumente acima da inflação sempre, para que o povo não perca o seu poder aquisitivo e não perca o seu poder de consumo”, justificou Lula durante o horário eleitoral.
Já no horário reservado para Bolsonaro, a equipe do presidente veiculou notícias que mostraram que Lula foi o candidato com a maior votação em presídios brasileiros. “Os criminosos escolheram Lula para presidente”, diz a propaganda, que ainda apresentou um trecho de um discurso no qual Lula afirmou que procurou o presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para pedir que ele libertasse os sequestradores do empresário Abílio Diniz, que estavam fazendo greve de fome na cadeia.
Por fim, a propaganda termina com Bolsonaro dizendo que vai reforçar o investimento do policiamento nas ruas, equipar as forças policiais e pedino um voto de confiança para os brasileiros. “Agora que a maioria do Congresso está ao seu lado, nosso presidente finalmente vai endurecer as leis para acabar com a impunidade […] Um voto de confiança na economia brasileira, na criação de emprego, nas casas populares, no Auxílio Brasil de R$ 600 reais, no preço da gasolina lá embaixo”, disse o chefe do Executivo.
Leia também: Pesquisa Ipec mostra Lula com 55% e Bolsonaro com 45% no 2° turno