Um homem foi preso na tarde de ontem, segunda-feira (03), em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, suspeito de fazer parte de uma quadrilha que revendia celulares roubados na internet.
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De acordo com as informações, o preso, Victor do Amaral Graça, mandava uma mensagem de texto para desbloquear os aparelhos e assim, conseguia vender os celulares que haviam sido roubados.
Em nota, a Polícia Civil relatou que, nas redes sociais, o golpista dizia ser revendedor autorizado e oferecia a maior garantia.
Por oferecer um preço bem abaixo do mercado, o criminoso conseguia atrair clientes – muitos não desconfiavam que estavam comprando celulares roubados.
Segundo a delegada Bárbara Lomba, da 56ª DP, para conseguir vender os aparelhos, o criminoso aplicava um golpe em quem havia acabado de ser assaltado.
Nesse sentido, informou ela, uma vítima de roubo de telefone revelou que, depois de ser roubada, ela recebeu, por SMS, um link e que ela pensou que fosse ser da fabricante do telefone.
“Os criminosos enviam um link por SMS a um número que a vítima informa como contato, na perda do telefone. Ela informa um número de contato. Eles enviam o SMS com o link falso para que a vítima pense que se trata do fabricante. E à medida que ela entra naquele link, eles conseguem desbloquear o aparelho e possibilitar o uso desse aparelho por outra pessoa. Assim eles conseguem vender o aparelho”, disse a delegada.
Ainda conforme a polícia, uma vítima conseguiu encontrar a pessoa que tinha comprado o celular roubado dela. Os dois decidiram contar a história na delegacia e, por isso, na segunda (03), os investigadores chegaram a um dos criminosos.
Homem anunciava celulares na internet
Preso em sua casa, Victor do Amaral Graça mantinha uma página que vendia os celulares roubados. Quando chegou na residência do suspeito, os agentes apreenderam diversos aparelhos.
Durante seu depoimento, o acusado relatou que comprava os celulares de outras pessoas, inclusive em um grupo de mensagens que anunciava a venda desses aparelhos.
“Ele nos deu os dados de três pessoas das quais ele adquiria aparelhos sem procedência, sem identificação de procedência”, revelou a delegada.
Por fim, a agente relatou que todas as informações coletadas com a prisão do receptador serão analisadas. “Haverá prosseguimento das investigações para possível associação criminosa”, finalizou a delegada.
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