Uma operação deflagrada pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (12) culminou na prisão de um homem suspeito de ter aplicado golpes em mais de 500 pessoas em Belém, no Pará. Segundo a corporação, o acusado foi capturado na cidade de Indaiatuba, São Paulo.
Além da prisão, os agentes também cumpriram mandados de prisão e busca e apreensão em desfavor do homem, acusado por crimes como estelionato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Em nota, a Polícia Civil revelou que, com as investigações, foi possível constatar que a empresa comandada pelo preso, identificado como Olavo Renato Martins Guimarães, que é responsável pelo esquema, movimentou R$60 milhões em fraudes.
“Os agentes da Polícia Civil do Pará, com apoio da polícia paulista, chegaram à residência dele, no início da manhã”, explicou a corporação, que também relatou que celulares, aparelhos eletrônicos e documentos foram apreendidos na casa do suspeito.
Na nota, Walter Resende, delegado da Polícia Civil no Pará, e responsável pelo caso, também informou que a Justiça determinou o bloqueio de bens da associação criminosa, no valor de R$43 milhões. “O valor pertencia às vítimas lesadas. Nossa expectativa é que esse montante seja devolvido aos investidores”, revela.
A investigação da polícia
Conforme as investigações, Olavo era representante legal da empresa Wolf, um esquema “piramidal” que recrutava investidores utilizando recursos dos próprios clientes para remunerar membros das camadas anteriores da “pirâmide”.
Para atrair as vítimas, a empresa prometia um rendimento de até 10% ao mês, algo considerado irreal por investidores experientes, que explicam que, uma meta saudável, estaria na casa dos 15% ao ano.
De acordo com mais de 30 pessoas que registraram um boletim de ocorrência quando as investigações começaram, os rendimentos dos valores investidos foram repassados pela empresa somente até maio de 2019, mês em que os pagamentos foram interrompidos e os valores nunca mais foram vistos.
Leia também: PF deflagra operação contra lavagem de dinheiro por meio de criptomoedas