Em Londres, no Reino Unido, um homem se passou por um falso policial e acabou cometendo delitos que resultou em estupro e roubo de duas prostitutas brasileiras. O crime foi cometido enquanto ele as ameaçava de prisão e deportação, mas agora, foi condenado a 14 anos de prisão.
Trata-se de Pawel Pazola, de 51 anos de idade, que foi condenado no tribunal a noroeste da capital britânica acusado dos crimes de estupro, roubo, falsidade ideológica e porte de imitação de arma de fogo. Porém, ele ficará em liberdade condicional durante quatro anos após cumprir a pena.
Pazola ainda será legalmente obrigado a prestar informações às autoridades com o propósito de avaliar o risco que ele pode causar para a sociedade pelo resto da vida. O polonês já reside em Londres há mais de dez anos, até que recentemente, foi considerado culpado em tribunal após duas semanas de julgamento.
O polonês conheceu as duas prostitutas brasileiras através de um site de acompanhantes online. Ambas não tiveram os nomes revelados por questões de segurança, mas não há problemas em afirmar que eles não se conheciam antes dos ataques. Após marcar virtualmente o encontro, o falso policial ameaçou prendê-las e deportá-las. Então ele as estuprou e roubou o dinheiro que havia pago pelos serviços das duas.
Vale mencionar que, na prática do segundo ataque, o homem apresentou um distintivo falso, além de usar uma arma de fogo também falsa. A primeira vítima, com cerca de 20 anos de idade, se encontrou com o falso policial em agosto de 2020 em Camden Town, onde foi forçada a fazer sexo com ele. Mas desde então, a mulher teve medo de denunciar o ataque à polícia por medo de ser presa.
Ao invés disso, decidiu entrar em contato com uma assistente social através de uma Organização Não Governamental (ONG), que a ajudou a registrar o boletim de ocorrência. O caso foi compartilhado via WhatsApp para outras prostitutas brasileiras que também trabalham em Londres. Foi assim que outras vítimas tiveram coragem de se abrir e relatar situações bastante semelhantes.
Enquanto isso, o encontro com a segunda vítima, também de 20 anos de idade, que se passou em Bayswater, contou com a particularidade de que Pazola forçou o ato sexual sem preservativo. A primeira vítima incentivou a segunda a denunciar o ataque à polícia local, com a promessa de que o caso seria levado à sério, mas somente a formalização da denúncia que aconteceu somente cinco dias mais tarde.
Tempos mais tarde, a polícia londrina deu início a uma investigação que permitiu chegar até o telefone do falso policial, o mesmo usado para agendar os encontros e onde estavam todas as evidências digitais dos crimes cometidos. O homem foi preso em Crawley, no sul de Londres. Durante a revista na residência e no carro do acusado, foi encontrado o distintivo, a réplica da arma e 1.380 libras.