Em Kansas City, nos Estados Unidos da América (EUA), um homem foi inocentado após ficar preso por mais de 40 anos. A reclusão aconteceu após ele ser acusado de cometer assassinato triplo.
A condenação aconteceu injustamente por deliberação do juiz no ano de 1979. O acusado trata-se de Kevin Strickland, que hoje tem 62 anos de idade. Ele afirma que, na época, estava em casa assistindo televisão no momento em que o crime aconteceu, quando ele estava com apenas 18 anos de idade.
Kevin tomou conhecimento sobre sua soltura apenas quando assistiu ao noticiário na televisão em meio ao capítulo de uma novela. Ele relatou que, na hora, os outros presos começaram a gritar.
“Não estou necessariamente com raiva. Isso é muito. Acho que criei emoções que todos vocês ainda não conhecem. Alegria, tristeza, medo. Estou tentando descobrir como colocá-los juntos”, disse o homem aos repórteres após deixar o Centro Correcional Western Missouri, em Cameron.
Na oportunidade, o homem ainda disse que não medirá esforços para evitar que o mesmo erro que tirou décadas da vida dele seja cometido com outra pessoa. Ele complementou dizendo que o sistema prisional dos EUA precisa ser “demolido e refeito” nas palavras dele.
É importante mencionar que o juiz aposentado do Tribunal de Apelações do Missouri, James Welsh, decidiu pela prisão de Kevin após a realização de uma audiência probatória que durou três dias após solicitação de um promotor do condado de Jackson. O promotor alegou que as evidências usadas para efetivar a condenação de Strickland haviam sido retratadas ou refutadas.
No julgamento, Welsh escreveu que as evidências eram claras e convincentes, além de terem sido apresentadas de modo a minar a confiança do Tribunal no julgamento da condenação. Ele ainda ponderou que nenhuma evidência física ligava Strickland à cena do crime, e que uma testemunha-chave se retratou antes da morte.
“Nessas circunstâncias únicas, a confiança do Tribunal nas condenações de Strickland é tão prejudicada que não pode ser mantida, e o julgamento da condenação deve ser anulado”, escreveu Welsh ao ordenar a libertação imediata de Strickland.
Para a promotora do condado de Jackson, Jean Peters Baker, que fez pressão pela liberdade de Strickland, agiu rapidamente para rejeitar as acusações criminais para que ele pudesse ser libertado. “Dizer que estamos extremamente satisfeitos e gratos é um eufemismo. Isso traz justiça – finalmente – a um homem que tanto sofreu tragicamente como resultado dessa condenação injusta”.
Enquanto isso, o procurador-geral do Missouri, Erick Schmitt, insiste que Strickland é culpado do assassinato triplo, e se empenhou em mantê-lo preso. Neste caso ele disse que defende o estado de direita e a decisão do júri formado pelos pares de Strickland.
Com certeza esse promotor é um maldito racista de merda.