A Polícia Militar (PM) revelou, no final da tarde de quarta-feira (28), que um homem se apresentou à corporação acusando o próprio irmão de envolvimento no desaparecimento dos três meninos de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, no final de 2020.
Segundo esse homem, o irmão teria participado da ocultação dos corpos dos garotos Lucas Matheus, de 9 anos, Alexandre Silva, de 11, e Fernando Henrique, de 12, que estão desaparecidos há mais de sete meses.
De acordo com as informações, a suposta testemunha declarou que as crianças teriam sido espancadas e mortas a mando de José Carlos dos Prazeres Silva, também conhecido como “Piranha”.
Hoje, o “Piranha”, que é quem teria ordenado a morte dos garotos, se encontra foragido por ter ordenado, assim como publicou o Brasil123, a tortura de um homem inocente que foi apontado como suspeito pelo crime.
Irmão nega o crime
Conforme apontou o denunciante, os corpos teriam sido levados para a Estrada Manoel de Sá em um carro e depois deixados próximos a uma ponte.
Após a revelação, o suspeito se apresentou e negou as afirmações feitas pelo irmão. De acordo com ele, a denúncia foi motivada por uma richa entre eles.
Meninos teriam morrido por roubo de passarinho
As investigações feitas pela Polícia Civil levam a crer que o motivo da morte dos meninos teria sido o roubo de uma gaiola de passarinho.
Depois do delito dos meninos, o irmão do homem que fez a denúncia teria levado os corpos até uma localidade conhecida como Ponto do Ferro 38, e os descartados.
Prisão em Belford Roxo
Na última terça (20) um homem conhecido como “Rabicó” foi preso suspeito de ter envolvimento no caso. De acordo com a “Rede Globo”, a Polícia Civil, que é quem comanda as investigações, revelou que o apelido do suspeito não consta nas investigações da corporação sobre o caso.
Todavia, a mesma entidade afirmou que o homem seria um traficante na Comunidade Castelar, mesma região onde os meninos sumiram.
O desaparecimento
Assim como divulgou o Brasil123 à época, os três meninos estão desaparecidos desde o dia 27 de dezembro. Na ocasião, eles saíram para jogar futebol e nunca mais voltaram.
Recentemente, parentes dos meninos participaram de uma reunião com o delegado do caso e também com representantes do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Eles cobram uma resposta sobre o caso.
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