O governo da Holanda afirmou que 13 das 61 pessoas contaminas por Covid-19 que chegaram em um voo têm a variante Ômicron e todos estão em isolamento. A Dinamarca também confirmou dois casos no país.
O Reino Unido, Alemanha, Itália, Austrália e República Tcheca anunciaram que registraram casos da nova variante. A ômicron já havia sido registrada em Israel, Bélgica, Honk Kong, Botsuana e África do Sul.
O primeiro caso da variante Ômicron foi na Bélgica. Muitos países da Europa estão de quarentena novamente em função da alta circulação do vírus. Portanto, muitas fronteiras foram fechadas novamente.
Brasil restringe voos em função da variante Ômicron
No Brasil, o Ministério da Saúde afirmou em nota que não registrou casos de infecção pela variante no país. Mas o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, publicou no Twitter que o país vai fechar as fronteiras para voos vindos da África do Sul, Botsuana, Essuatini (Suazilândia), Lesoto, Namíbia e Zimbábue.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a variante como preocupante e a batizou de Ômicron. Ela, inicialmente, havia sido nomeada de B.1.1.529. De acordo com a OMS, qualquer restrição de viagem deve ser pensada, afinal, os países já podem em muito em termos de vigilância sanitária e devem trabalhar em conjunto com outras nações.
A despeito disso, para tentar frear a disseminação da nova variante, diversos países também estão adotando restrições a voos saídos da África, como os Estados Unidos, membros da União Europeia, Japão e Singapura.
Já a Comissão Europeia recomendou que países da União Europeia restrinjam emergencialmente voos originários da África Austral. Sajid Javid, ministro da Saúde do Reino Unido, a descreveu a nova versão do coronavírus como uma “grande preocupação internacional”.
A nova variante é mais perigosa?
Cientistas temem que essa nova versão do coronavírus, conhecida como B.1.1.529, seja ainda mais transmissível e “drible” o sistema imunológico dos humanos. Portanto, há o temor na comunidade científica de que essa seja a “pior variante do coronavírus” até o momento.
Em termos práticos, isso significa não só mais infecções, o que aumenta consequentemente as hospitalizações e mortes. Mas a possibilidade de que as vacinas disponíveis hoje possam ser menos eficazes contra ela.
Essa grande preocupação se deve ao seu alto número de mutações. Vírus fazem cópias de si mesmos para se reproduzir, mas não são perfeitos nisso. Erros podem acontecer, resultando em uma nova versão ou “variante”. Se isso der ao vírus uma vantagem de sobrevivência, a nova versão prosperará.
As vacinas são a principal arma contra a variante Ômicron, porque ajudam a reduzir a transmissão e também protegem contra formas mais graves da covid. Na África do Sul, apenas 23,5% da população está totalmente vacinada, em comparação com 60% no Brasil, segundo dados da plataforma Our World in Data, da Universidade de Oxford, no Reino Unido.
Especialistas dizem que é possível que a nova variante possa ter se originado em um paciente cujo sistema imunológico não foi capaz de se livrar de uma infecção por covid rapidamente, dando ao vírus mais tempo para se transformar.
As restrições contra a variante Ômicron são “exageradas”
Um especialista em vacinas sul-africano argumentou que os países que estão restringindo viagens estão reagindo de forma exagerada.
Shabir, professor de vacinologia da Universidade de Witwatersrand, em Johannesburgo, disse que a maioria dos países que estão impondo restrições por causa da nova variante são “muito ingênuos e completamente cegos” para a forma como o coronavírus se espalhou internacionalmente durante o curso da pandemia.
Mas muitos países estão em alerta, afinal, ainda não se sabe o bastante sobre a variante Ômicron.