Luiz Henrique Mandetta (União Brasil), ex-ministro da Saúde, afirmou nesta terça-feira (21) que é pré-candidato ao Senado. De acordo com o político, que é médico, ele deve ser o nome de seu partido em busca de uma vaga pelo estado do Mato Grosso do Sul.
A declaração de Henrique Mandetta foi feita durante uma entrevista dele ao portal “G1”. Na ocasião, ele se disse confiante na vitória. “Vamos vencer!”, disse o ex-ministro da saúde. No estado, Henrique Mandetta deve travar uma disputa com outra pessoa que também integrou o governo de Jair Bolsonaro (PL) como ministro: Tereza Cristina (PP).
De acordo com pesquisas de intenções de voto, hoje, o nome da ex-ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento é o mais lembrado pelos cidadãos do estado – apesar de ter confirmado a sua pré-candidatura, ainda existe a possibilidade de Tereza Cristina desistir do posto e ser vice de Bolsonaro nas eleições presidenciais.
Quem é Henrique Mandetta?
Ex-deputado federal, Henrique Mandetta foi o primeiro ministro da Saúde da gestão Bolsonaro. Foi ele, inclusive, que esteve à frente da pasta assim que a pandemia da Covid-19 surgiu.
Foi justamente a crise sanitária que deu maior visibilidade ao ex-ministro, que era contra as ideias do presidente e defendia o isolamento social. Ele acabou sendo demitido em abril de 2020 após ter dado diversas declarações divergentes às de Bolsonaro sobre como se portar na pandemia.
No ano passado, assim como publicou o Brasil123, Henrique Mandetta esteve presente na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. Na ocasião, ele afirmou que Bolsonaro, enquanto ele era o ministro da Saúde, tentou alterar a bula da cloroquina para que o medicamento passasse a ser recomendado para o tratamento do vírus, o que a ciência já mostrou que não faz sentido.
Natural de Campo Grande, o ex-ministro cursou medicina na Universidade Gama Filho, no Rio de Janeiro, fez residência em ortopedia na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e uma especialização em ortopedia em Atlanta (EUA).
Além de deputado federal, ele já foi dirigente do plano de saúde e secretário municipal no Mato Grosso do Sul e ainda presidiu a Unimed de Campo Grande entre 2001 e 2004. Ao encerrar sua gestão, assumiu a secretaria de Saúde de Campo Grande e em 2019 se tornou ministério da Saúde.
Leia também: Plano de governo do PT fala em ‘abrasileirar o preço dos combustíveis’