Assim como noticiou o Brasil123, o presidente do Haiti, Jovenel Moise, foi morto a tiros em sua casa na madrugada desta quarta-feira (07) em um “ato bárbaro”, de acordo com o governo do país. Por conta do assassinato, a região, que sofre pela pobreza, teve seu estado de emergência declarado.
Relembre: Presidente do Haiti é assassinado a tiros em casa
Logo após o caso, os Estados Unidos e outros países latino-americanos repudiaram o ataque ao presidente. Os Estados Unidos o descreveram como um “crime horroroso”. Por outro lado, o presidente da Colômbia, Iván Duque, pediu que a Organização dos Estados Americanos (OEA) envie uma missão ao Haiti para “garantir a ordem democrática”.
O ataque ao chefe do Executivo local aconteceu em meio aos episódios de violência de gangues em Porto Príncipe, capital do país, nos últimos meses. De acordo com uma reportagem da agência de notícia “Reuters”, após realizar uma reunião de gabinete, o primeiro-ministro interino do Haiti, Claude Joseph, declarou um estado de emergência em meio às dúvidas sobre quem assumirá o poder no Haiti.
“Meus compatriotas, permaneçam calmos, porque a situação está sob controle”, disse Claude Joseph, que também revelou que o Exército está no controle da situação de segurança. Ainda conforme a “Reuters”, as ruas da capital, normalmente agitadas, estiveram vazias e silenciosas na manhã desta quarta.
A morte de Jovenel Moise
Jovenel Moise, de 53 anos, foi morto em um ataque a tiros em sua casa, na capital Porto Príncipe. Além dele, sua mulher, a primeira-dama, Martine Moise, de 47 anos, também foi assassinada. Ela levou um tiro, foi hospitalizada, mas não resistiu ao ferimento e faleceu horas depois.
Quem assume a vaga do presidente
Poucas horas após a morte de Jovenel, ainda não está claro quem assumirá o poder. Isso porque, nesta semana, o até então chefe do Executivo do Haiti indicou um novo premiê que ainda não tomou posse. O chefe do Supremo Tribunal de Justiça, que seria mais um candidato ao posto, de acordo com a Constituição, morreu de Covid-19 no mês passado e ainda não foi substituído.
Segundo analistas políticos, hoje o Haiti está politicamente polarizado e enfrentando uma crise de fome progressiva. Com isso, existe o medo de um rompimento da ordem no país. Prova disso é que a República Dominicana já afirmou que está fechando a fronteira que compartilha com o Haiti na ilha caribenha de São Domingos.
Leia também: Morte de brasileiro gay na Espanha causa comoção e protestos no país