Pressionando o Banco Central a cortar juros, o governo de Lula vem avaliando que a atual escala da Selic vem inibindo o avanço da economia. Nesse sentido, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, falou nesta quinta-feira (4) sobre sua preocupação com tal decisão tomada na quarta (3) pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que manteve a taxa básica de juros (selic) em 13,75% ao ano.
Além disso, em realização da primeira reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social e Sustentável, o tal “conselhão”, Haddad declarou: “Eu fiquei bastante preocupado com decisão de ontem do nosso Copom de manter pela terceira vez maior taxa de juros do mundo numa economia que tem hoje uma das mais baixas taxas de inflação”.
Dessa forma, Haddad seguirá tentando “harmonizar”, mesmo com tal decisão do Copom, a política fiscal, estabelecida pelo governo e a política monetária coordenada pelo Banco Central. Com isso, o ministro da Fazenda afirmou:
“Ainda assim, nós vamos perseverar, em tentar harmonizar política fiscal com monetária, vamos perseverar no diálogo com Congresso Nacional, vamos perseverar no diálogo com a sociedade, porque entendemos que esse é um tema muito importante”.
Governo pressiona Banco Central por cortes nos juros
Com base no atual patamar da Selic, o governo de Lula vem pressionando o Banco Central a diminuir taxas de juros, por inibir a evolução da economia, tendo críticas do presidente com relação a esse patamar de juros.
Porém, o ministro da Fazenda, Haddad, negou que esteja fazendo pressão sobre Banco Central, afirmando que: “Da minha parte, jamais vai haver qualquer tipo de pressão política no sentido pejorativo do termo sobre um órgão público que tem legitimidade, [tenho] total compromisso e clareza disso, mas é um tema sim que importa pra política fiscal, importa pra reindustrialização do país, importa para tomada de decisão dos empresários”
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Lula demonstra sua insatisfação com o atual patamar da Selic
Com isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, demonstrando sua preocupação vem pressionando o Banco Central, chegou a chamar o presidente do Banco Central, de “esse cidadão”, declarando que poderia rever a autonomia da liderança monetária, aprovada pelo Congresso no período do governo Bolsonaro. Assim, a definição da taxa Selic cabe ao Comitê de Política Monetária do BC (Banco Central).
Por hora, não houve nenhuma sinalização do Copom, sobre quando iniciaram a cortar os juros. Com isso, Haddad aguarda que com os trâmites da reforma tributária do Congresso e com a proposta do novo arcabouço fiscal, que o Copom reveja a situação e inicie um cronograma de queda.
Como resultado, essa sinalização terá uma grande importância para melhoria dos agentes econômicos, no aspecto do investimento, sob a arrecadação, e o crédito.
Geraldo Alckmin também faz crítica a taxa de juros
Portanto, Geraldo Alckmin, também demonstra sua preocupação com a decisão do Banco Central (Copom) por manter a taxa Selic em 13,75% ao ano, e ainda acrescentou dizendo: “O Brasil ficou caro, caro para quem vive aqui, não consegue comprar”. Segundo Alckmin, essa taxa será um “problema”, principalmente para o mercado de crédito, e indagou: “Não é possível ter Selic em 13,75%, maior juros do mundo”.
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