O ex-candidato à presidência, Fernando Haddad, defendeu a prorrogação do Auxílio Emergencial no valor de R$600. De acordo com ele, essa prorrogação deveria acontecer sem determinação de tempo até o fim do processo de vacinação contra a Covid-19.
O ex-prefeito de São Paulo disse isso em uma entrevista para o jornalista Kenedy Alencar, do Portal UOL, nesta quarta-feira (10). Entre outras coisas, Haddad fez duras críticas ao presidente Jair Bolsonaro e o culpou por muitos dos problemas do Brasil hoje.
“Bolsonaro gerou uma situação de caos no país. E nesse momento nós estamos no pior momento porque não temos o auxílio emergencial, que foi um esforço da oposição”, opinou ele. “Além disso, também não temos a vacina”, completou.
O Brasil, na verdade já começou o seu processo de vacinação. O país já aprovou o uso emergencial da vacina do Butantan/Coronavac e da Astrzaneca/Oxford. Mais de quatro milhões de pessoas já receberam a primeira dose. Mas é fato que o ritmo da vacinação é lento, de acordo com os principais estudos sobre o assunto.
“Não podemos portanto medir esforços para lutar por duas palavras de ordem, a volta do auxílio emergencial e acelerar o processo de vacinação. Acho, aliás, que sem essas duas providências nós vamos amargar um semestre muito difícil”, completou.
Haddad x Bolsonaro
Na entrevista, Haddad não explicou muito bem de onde tiraria o dinheiro para o pagamento do Auxílio Emergencial no valor de R$600 considerando que o país não está mais no período de calamidade pública. Ele disse apenas que o país teria que “cortar do orçamento”.
Nesta semana, o Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu anunciar Fernando Haddad como o seu candidato à presidência em 2022. Haddad, aliás, disputou as eleições de 2018 contra Bolsonaro, mas perdeu a disputa no Segundo Turno.