Na última terça-feira (16), o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, defendeu a posição do Youtuber Felipe Neto e argumentou que o presidente é um “genocida” e “não tem condições morais”. Ainda se perguntou porquê Bolsonaro não pede investigações contra ele e Doria que já o chamaram de genocida mais de “mil vezes”. A declaração ocorreu em meio a uma live fornecida pela TVT que estava disponível no site UOL.
“O Bolsonaro não tem coluna vertebral. Ele manda a Polícia Federal na casa do menino bem-sucedido, de um youtuber. O governador do estado o chamou de genocida. Eu o chamei mil vezes. E ele manda a PF na casa do youtuber? Por que não manda a polícia aqui? Vai mandar a PF na casa do menino?”, acrescentou Fernando Haddad.
“É uma coisa muito indigna. Eu fico me perguntando: como o país deixou chegar a esse ponto? O nível de destruição do país será muito grande”, ressaltou.
Os níveis de rejeição do presidente aumentaram em 54% em relação à pandemia. Muitos questionam o alto número de mortes que ontem (16), chegou a mais de 2700 em menos de 24h. O youtuber Felipe Neto argumentou que essa é uma tentativa de impor o medo e que ele possui condições financeiras para lidar com a situação. Neto continuou, apesar das ameaças, a afirmar que o presidente é um genocida.
Bolsonaro genocida: o que é isso?
Genocida possui como significado aquele que tem a tentativa de exterminar determinado grupo de pessoas devido a raça, etnia, religião e outros aspectos com sexualidade. A ONU tornou crime no ano de 1948 após o fim da Segunda Guerra Mundial e do nazismo. O termo é relacionado ao presidente porque o mesmo ignorou as condições precárias em que a população se encontrava durante a pandemia e, consequentemente, “haveria permitido” que mais de 282 mil pessoas morressem por negligência.
Ano passado a norte-americana Pfizer ofereceu mais de 60 milhões de doses que foram recusadas. Em inúmeros momentos, o presidente defendeu o uso de cloroquina – medicamento sem eficácia comprovada – e negligenciou o uso de máscaras. Seus filhos chegaram a comparar os governadores a nazistas que estavam matando os judeus que precisavam trabalhar.
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