A Guiné declarou epidemia de Ebola depois que três pessoas morreram e outras quatro ficaram doentes no sudeste do país. Todos apresentaram os principais sintomas da doença – diarreia, vômitos e sangramento – depois de comparecer a um funeral em Goueke, perto da fronteira com a Libéria.
Conforme o Ministério da Saúde da Guiné, os pacientes infectados foram isolados em centros de tratamento. “Diante desta situação e de acordo com os regulamentos internacionais de saúde, o governo guineense declara uma epidemia de Ebola”, informou o ministério em nota no último domingo (14).
O ministro da Saúde, Remy Lamah, disse que as autoridades estão “realmente preocupadas” com as mortes. São os primeiros casos da doença desde a epidemia de 2013-2016, que começou na Guiné e deixou 11.300 mortos em toda a África Ocidental. Os países mais atingidos pelo Ebola foram Guiné, Libéria e Serra Leoa.
Agora, as autoridades da Guiné trabalham para rastrear e isolar os contatos dos casos. Além disso, segundo a mídia internacional, o governo já acionou a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras agências de saúde para adquirir vacinas contra o Ebola. Isso porque os imunizantes reduziram as taxas de sobrevivência do vírus nos últimos anos.
A epidemia de 2013-2016 acelerou o desenvolvimento da vacina contra o Ebola. O estoque global de emergência conta com 500 mil doses planejadas para responder rapidamente a surtos futuros.
Ebola no Congo
Vizinho da Guiné, o Congo enfrentou vários surtos do Ebola. Na semana passada, a OMS confirmou o ressurgimento da doença três meses depois que as autoridades declararam o fim do último surto do país.
O país havia declarado o fim da epidemia de seis meses em novembro, mas confirmou um novo caso no norte do Congo, no começo de fevereiro. O uso generalizado de vacinas contra o Ebola, administradas a mais de 40 mil pessoas, ajudou a conter a doença.