Assim como publicou o Brasil123, um bombardeio feito pelas forças militares da Rússia nesta sexta-feira (04) atingiu a usina nuclear de Zaporizhzhia, localizada em uma cidade que leva o mesmo nome do complexo, que fica no centro da Ucrânia e é o maior da Europa.
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Logo depois do começo do incêndio, que atingiu um prédio onde os funcionários da usina eram treinados, bombeiros conseguiram chegar ao local e controlar o fogo sem que os níveis de radiação da usina, conforme aponta a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), fossem alterados.
Após o controle do fogo, militares russos tomaram a usina de Zaporizhzhia, que foi construída entre 1984 e 1995 e hoje é a maior usina nuclear na Europa e a nona maior do mundo. De acordo com a AIEA, a guerra na Ucrânia é a primeira ocorrida em um país que conta com uma rede de energia nuclear grande e estabelecida.
De acordo com os dados do governo ucraniano, a usina de Zaporizhzhia conta com seis reatores. Cada uma dessas estruturas pode gerar por volta de 950 Megawatts, totalizando cerca de 5,7 Gigawatts, pouco mais de um terço da capacidade da usina hidrelétrica de Itaipu, localizada na fronteira do Brasil com o Paraguai – o complexo tem capacidade instalada de 14 Gigawatts.
Segundo o jornal “The Guardian”, a energia gerada pela usina abastece cerca de quatro milhões de casas na Ucrânia. “Somente este complexo é responsável por um quinto da eletricidade do país e metade de toda a geração nuclear”, informou a publicação, revelando ainda que a Ucrânia tem quatro usinas nucleares. Somadas, elas possuem 15 reatores.
Não foi a primeira usina tomada
A usina de Zaporizhzhia não foi a primeira tomada pelas tropas russas. Isso porque, no dia 24 de fevereiro, data em que os combates começaram na Ucrânia, os militares do presidente da Rússia, Vladimir Putin, tomaram Chernobyl, local do pior acidente nuclear da história.
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