Neste domingo (24), a invasão da Rússia à Ucrânia completa cinco meses. Em 24 de fevereiro, o mundo começou a prestar bastante atenção às ofensivas russas ao país vizinho, e os ataques ocorrem até hoje. Aliás, o conflito já provocou a morte de milhares de pessoas, além de seguir afetando outras milhões em todo o planeta, de maneira direta ou indireta.
Em resumo, o principal impacto que o conflito provoca no Brasil é o aumento dos preços de diversos produtos. Na verdade, a alta contínua e generalizada dos preços de bens e serviços, a famosa inflação, não afeta apenas os brasileiros, mas vários países estão vendo suas taxas inflacionárias subirem cada vez mais.
Antes da guerra, a situação já estava complicada devido à pandemia da covid-19. Contudo, o conflito agravou o cenário global e o risco de uma nova recessão econômica global se fortalece com o passar do tempo.
FIES oferece descontos de até 99% para dívidas atrasadas
Guerra pressiona inflação
Embora os conflitos estejam ocorrendo na Ucrânia, os impactos são bastante visíveis em todo o mundo. Em suma, a globalização aumentou a interação entre os países, e os problemas locais passaram a ser regionais ou mesmo mundiais. Um dos principais são os gargalos das cadeias de suprimentos, que dispararam com a pandemia e continuam firmes desde o início da guerra no leste europeu.
As nações globais esperam que o conflito chegue ao fim o mais rápido possível, mas não há expectativa para isso no curto prazo. De toda forma, vale ressaltar o acordo assinado pela Rússia e pela Ucrânia nesta semana, que libera a exportação de grãos ucranianos pelo Mar Negro.
De acordo com especialistas, mesmo que a guerra chegasse hoje ao fim, os efeitos ainda durariam meses no mundo. Como os países dependem cada vez mais do comércio exterior, a reorganização das cadeias de suprimentos levaria meses para estabilizar o cenário.
Em síntese, como a oferta de diversos produtos está limitada devido à guerra, os preços só fazem subir. A inflação no Brasil está nos dois dígitos há meses, enquanto a taxa nos Estados Unidos é a maior em 41 anos. E isso pode ser visto em diversas nações ao redor do mundo.
PIS/PASEP 2021: veja quando será o pagamento do abono
Juros altos limitam crescimento econômico
Em meio à inflação elevada, os Bancos Centrais (BCs) ficam cada vez mais pressionados a aumentar a taxa de juros dos países. Quando isso acontece, o crédito fica mais caro e reduz o poder de compra da população, desaquecendo a economia. Em resumo, o consumidor passa a comprar menos, pois tudo fica mais caro.
Como o consumo da população é um grande motor da economia, o Produto Interno Bruto (PIB) passa a crescer menos. E isso só tende a melhorar com o aumento do poder de compra da população. Contudo, não há expectativas para o fim da guerra, e muito menos para a redução da inflação e dos juros no país.
Leia também: AUXÍLIO BRASIL: veja nova data para pagamentos em agosto