A guerra que acontece há nove meses entre Rússia e Ucrânia continua afetando o Brasil. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), os preços dos produtos importados disparou 18,4% no primeiro semestre deste ano.
Embora essa taxa seja bastante expressiva, a CNI destacou que os produtos industriais acumulam uma alta bem maior no período. Em síntese, sete produtos utilizados pelas indústrias brasileiras registraram um aumento médio de 51% no primeiro semestre de 2022.
Confira abaixo os sete itens industriais:
- Petróleo;
- Hulhas;
- Adubos potássicos;
- Adubos nitrogenados;
- Outros tipos de adubos;
- Trigo;
- Alumínio.
LIBERADO pagamento de lote residual do Imposto de Renda
Preços das importações já estavam altos devido à pandemia
A CNI destacou que a guerra na Ucrânia agravou uma situação que já estava complicada, não só no Brasil, mas em todo o mundo. Em resumo, a pandemia da covid-19 vinha aumentando os preços de produtos importados devido aos problemas nas cadeias globais de suprimentos.
Com o início do conflito no leste europeu, essa situação ficou ainda mais séria. O Brasil, assim como dezenas de países, estão tendo que pagar mais caro por diversos itens importados. E a indústria brasileira é um dos setores que mais vem sofrendo com os altos preços.
“De modo geral, não importamos muito da Rússia e da Ucrânia, mas são países importantes no fornecimento mundial de determinados produtos”, explicou o superintendente de desenvolvimento industrial da CNI, Renato da Fonseca.
“A pandemia já causou uma desorganização da cadeia global, e como era esperado, o conflito entre os dois países acirrou o impacto inflacionário, em razão do aumento de preços de importados importantes como petróleo, trigo e fertilizantes”, acrescentou.
Por fim, a CNI revelou que, na comparação com os países do G20, “o Brasil foi o quinto país mais dependente diretamente de produtos que Rússia e Ucrânia são importantes fornecedores, e o sexto no ranking de dependência indireta desses produtos”. Essa informação se referiu ao período entre 2017 e 2021.
Leia também: Liberado pagamento do 14º salário pelo INSS? Descubra agora