O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou no último domingo (31) que o governo conta com o “plano A” para financiar o Auxílio Brasil. Na verdade, ele evitou falar sobre um possível plano B para o pagamento do benefício. E o plano A é a PEC dos Precatórios, que deverá ser votada nesta semana.
“Nós estamos trabalhando com plano A. A aprovação da PEC dos Precatórios. Ela é importante porque abre espaço fiscal para o programa de assistência social. Esse é o nosso plano. Nós acreditamos que o Congresso vai aprovar, exatamente porque permite o financiamento dos programas sociais do governo”, disse Guedes a jornalistas em Roma.
Em resumo, o ministro está acompanhando a comitiva do presidente Jair Bolsonaro na reunião do G20 na Itália. Os jornalistas perguntaram o que ele achava sobre o mercado estar tão negativo em relação ao Auxílio Brasil e Guedes defendeu mais uma vez a aprovação da PEC dos Precatórios para financiar o programa.
“Imagino que há uma preocupação do mercado à respeito exatamente dessa capacidade de coordenação política para aprovar a PEC dos precatórios, porque é exatamente a PEC dos precatórios que nos dá o espaço para as políticas sociais”, disse.
Governo tem plano B
De acordo com o Blog da Adréia Sadi, do G1, o governo estuda decretar um novo estado de calamidade no país. Ao mesmo tempo, pretende prorrogar o auxílio emergencial, que chegou ao fim no último domingo (31). Isso é considerado o plano B, caso a PEC dos Precatórios não seja aprovada na Câmara ou mesmo no Senado Federal.
Segundo Guedes, o governo continua respeitando o teto de gastos públicos. Em suma, ele afirmou que o país precisa respeitar o equilíbrio fiscal e as demandas sociais da população. Além disso, o ministro afirmou que o governo não pretende empurrar custos para as próximas gerações.
“O teto é um símbolo de um duplo compromisso. De um lado, não faltou dinheiro para a saúde. O Brasil gastou 10% a mais do que a média dos países avançados para combater a pandemia e gastou o dobro do que os países emergentes gastaram”, destacou Guedes.
Por fim, o ministro afirmou que o Brasil não se endividou muito justamente porque o governo respeitou o teto de gastos.
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