O atual ministro da Economia, Paulo Guedes, negou nesta quinta-feira (15) que o governo Bolsonaro tenha deixado uma “herança maldita” para o país. Segundo ele, o Brasil é “reconhecido internacionalmente” pela dimensão econômica.
A saber, algumas pessoas que fazem parte da equipe de transição vem criticando o governo Bolsonaro. Em síntese, muitos dizem que a atual gestão extrapolou as contas do Brasil, impulsionando a dívida do país. E, agora, o governo Lula terá muito trabalho para reverter essa situação.
De acordo com Guedes, o governo Bolsonaro conseguiu promover uma recuperação em “V” da economia brasileira. A propósito, isso significa que houve uma forte queda seguida de uma forte alta. E, baseando-se nisso, o ministro rechaçou a declaração de “herança maldita” do governo Bolsonaro.
Além disso, ele disse que a taxa Selic, que corresponde aos juros básicos da economia brasileira, começará a cair em meados do próximo ano. Essa também é a previsão do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.
As declarações de Guedes ocorreram durante um evento de premiação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
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Políticas públicas podem afetar crescimento econômico do país
No evento, o ministro da Economia disse que o Brasil deverá crescer 3% em 2023. A saber, essa estimativa é bem mais otimista que a do mercado financeiro. Em suma, analistas de mais de cem instituições financeiras acreditam que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro crescerá apenas 0,75% no ano que vem.
“O Brasil vai crescer zero, vai ter recessão. Brasil cresce 5% e volta em ‘V’. Ah, agora é o ano seguinte. Vira a rolagem da desgraça. Agora o ano seguinte é dele. Aí diz que é herança maldita. Além de ser erro intelectual, fake news, e uma desculpa desonesta para o que estão encontrando, é uma burrice colossal”, disse Guedes.
Aliás, o ministro afirmou que uma má política pública pode afetar o crescimento econômico do país. No entanto, ele acredita que, caso isso aconteça em 2023, será mais por causa dos ciclos econômicos do que pelas políticas públicas em si.
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