O Ministro da Economia, Paulo Guedes, falou nesta sexta-feira (12) sobre a aprovação da PEC Emergencial. Na conversa com jornalistas, ele focou nas críticas da oposição de que o Governo estaria fazendo “chantagem para aprovar o Auxílio Emergencial”.
Membros da oposição estavam de fato dizendo isso. É que Guedes estabeleceu a PEC Emergencial como uma condição para a liberação do auxílio. Então se o Congresso aprovasse, ele liberaria o dinheiro. Se não, ele não liberaria o auxílio. É daí que viria a “chantagem”.
Guedes não concorda com essa crítica. Na entrevista, ele disse que a oposição estaria fazendo uma “distorção dos fatos”. “Isso é falso. Não pode dar recursos para o auxílio emergencial sem uma autorização explícita de uma emenda constitucional”, disse o Ministro.
Ele lembrou que o país não está mais sob a batuta do período de calamidade pública nem do Orçamento. Essas medidas acabaram em dezembro de 2020 e davam condições para que o Governo gastasse um pouco mais com o Auxílio.
“É evidente que não temos nada contra o auxílio emergencial”, afirmou. “Ninguém está fazendo política subindo em cadáveres”, completou o Ministro. Ele disse que foi o próprio Presidente Jair Bolsonaro quem pediu para que o Ministério da Economia comandasse a construção do novo auxílio.
“Chantagem com PEC”
Nenhum parlamentar da oposição quis contestar essa fala de Guedes. Pelo menos eles não falaram nada nas suas redes sociais. Mas durante a votação da PEC eles alegaram que o Governo estaria gastando muito mais com privilégios para banqueiros do que com a população.
Seja como for, a PEC passou no Senado e na Câmara sem maiores dificuldades. Dessa forma, só falta a assinatura do Presidente Jair Bolsonaro para esse texto começar a valer. Mas o Auxílio Emergencial vai depender de uma Medida Provisória (MP).
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