O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender a reforma da tabela do Imposto de Renda (IR) nesta semana. De acordo com ele, essa medida é “incontornável”, mas o problema é que ela segue travada no Senado Federal, apesar de já ter sido aprovada na Câmara dos Deputados.
Guedes ainda falou que a reforma da tabela do IR irá gerar recursos que o governo poderá utilizar no Auxílio Brasil. Em resumo, ele afirmou que a reforma aumentará a arrecadação federal, e estes recursos servirão para aumentar de R$ 405 para R$ 600 o valor do Auxílio Brasil em 2023.
“Já está lá, foi aprovado na Câmara, tem de passar no Senado. Acho que o Senado vai aprovar. Avisei aos empresários, amigos que votaram contra que não é um ato inteligente, pois essa reforma é incontornável, pois no mundo inteiro, com algumas exceções, todos pagam esse impostos”, disse Guedes.
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Brasil não deve isentar os mais ricos, segundo Guedes
O ministro da Economia aproveitou para afirmar novamente que cerca de 60 mil pessoas não devem ficar isentas do IR. Segundo ele, a isenção do imposto aos mais ricos é uma “jabuticaba”, pois só existe no Brasil.
No mês passado, Guedes já havia informado que estas 60 mil pessoas “ganharam mais de R$300 bilhões e não pagaram Imposto de Renda”. À época, ele afirmou que “o sujeito não precisa ter vergonha de ser rico, agora tem que ter vergonha de não pagar imposto”.
Nesta semana, ele defendeu mais uma vez que os mais ricos não devem ficar isentos de pagar o imposto. Pelo contrário, a arrecadação destes novos recursos será bastante positiva para os mais pobres do país.
“É uma insanidade, um acinte. Eles dizem que já pagam na empresa, e nos dizemos que queremos que as empresas paguem menos. Que o dinheiro fique na empresa, com tributos mais baixos, gerando empregos”, disse Guedes.
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