O governo vai retomar o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEM), motivado pela pandemia de Covid-19 e que autoriza empresários a reduzir salários e carga horária e até a suspender contratos de trabalho. Pelo menos foi o que afirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta terça-feira (02).
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De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, em 2020, 9.849.115 de empregados formais tiveram redução de jornada e salário ou suspensão do contrato de trabalho durante os oito meses em que o programa vigorou.
Em entrevista à rádio “Jovem Pan”, Paulo Guedes disse que, com o programa, o país conseguiu, além de não perder nenhum emprego, gerar 140 mil novas oportunidades. “Vamos renovar esse programa”, afirmou Guedes.
Na visão do ministro, o programa foi um dos mais bem-sucedidos do enfrentamento à pandemia da Covid-19 e evitou a demissão de milhões de trabalhadores. De acordo com Guedes, ainda não há uma previsão de data para a renovação do programa.
Além disso, ele também disse que ainda não se sabe o impacto financeiro que a União terá com a segunda leva do programa. Vale a pena lembrar que, na primeira vez que o programa foi anunciado, o governo estipulou um gasto de R$ 51 bilhões e duração de três meses. Todavia, no fim das contas, o BEM acabou durando nove meses.
Programa preservou empregos
De acordo com os dados Ministério da Economia, o programa ajudou a evitar a perda de vagas em 2020 e ainda fez com que o Brasil gerasse 142.690 empregos com carteira assinada em 2020.
No ano passado, o número de empregadores que aderiram ao programa foi de 1.464.517. Destes, 53,9% faziam parte de empresas cujo faturamento era abaixo de R$ 4,8 milhões.
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