Guedes considera reduzir impostos com o recorde de arrecadação de maio. Na última terça-feira (29) os números de arrecadação de impostos e contribuições federais de maio foram divulgados pela Receita Federal (RFB), e a grande surpresa foi que houve um aumento surpreendente de R$ 142,1 bilhões, o que é 69,88% a mais em comparação com o mesmo mês de 2020. Com isso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesse mesmo dia que a economia brasileira “voltou a ficar de pé”.
No primeiro ano da pandemia, o governo conseguiu arrecadar, de janeiro a maio, R$ 623 bilhões. Já neste ano, a arrecadação federal alcançou mais de R$ 744 bilhões de janeiro a maio, havendo assim um aumento de 21% se comparado com 2020, já descontando a inflação. De acordo com Guedes, “a economia brasileira continua surpreendendo favoravelmente”.
Essa comparação de alta com relação ao ano anterior está ligada também a pagamentos adiantados de impostos, medida adotada em 2020 como forma de suavizar os efeitos da pandemia causada pela Covid-19.
Ainda de acordo com o ministro Paulo Guedes, essa arrecadação recorde demonstra que a economia do país já se recuperou da crise causada pela pandemia e, por conta disso, o governo está estudando antecipar a redução de impostos das empresas do país.
Paulo Guedes considera reduzir impostos com o recorde de arrecadação de maio para empresários
A arrecadação de impostos de maio de 2021, que teve crescimento de quase 70%, foi um recorde histórico se comparado com o mesmo mês do ano passado, e esse aumento pode ser explicado com o adiamento de tributos por causa da pandemia e a arrecadação atípica de alguns setores econômicos, segundo a Receita Federal.
Para Guedes, “É inequívoco que o Brasil já se levantou e a economia está caminhando com velocidade bem acima da que era esperada na virada do ano”.
Apesar do impacto regressivo da pandemia, esse bom desempenho na arrecadação neste ano é crucial para os planos da equipe econômica, pois isso ajuda a bancar medidas como a reformulação do Bolsa Família e o reajuste na tabela de Imposto de Renda, que foi anunciado na última semana como a nova fase da reforma tributária.
O ministro Paulo Guedes afirmou que a atualização da reforma tributária tem como compromisso não deixar que os impostos “sufoquem o empresariado brasileiro”.
“Nesse segundo capítulo da reforma tributária, que já enviamos, mandamos um sinal muito claro: nosso governo quer reduzir em termos reais a arrecadação sobre as empresas. Se a arrecadação vier acima do que esperávamos, temos de transformar isso em simplificação e redução de outros impostos. Anunciamos redução de 2,5% no Imposto de Renda de Pessoa Jurídica, mas queremos passar isso para 5% nos próximos anos. Estamos recalibrando nossos cálculos para ver se isso já possível”, afirmou Guedes.
Ele ainda diz: “Todos indicadores mostram que a economia se levantou vigorosamente. Continuamos com nosso compromisso de tirar o Estado do cangote do povo brasileiro. Esse aumento forte da arrecadação nos dá força para avançar nas reformas e desonerar empresas; reduzir impostos sobre trabalhadores de baixa renda; e tributar rendimentos de capital que estavam isentos”. O esperado pela equipe econômica é que, nos próximos meses, o país possa se aproximar dos níveis de arrecadação registrados em 2015, que foi de R$ 1,221 trilhão.