O ministro da Economia, Paulo Guedes, deu uma declaração onde afirma que a falta de aumento do salário mínimo no governo do presidente Jair Bolsonaro é consequência da pandemia da Covid-19 e da guerra da Ucrânia.
Durante o lançamento do Monitor de Investimentos do ministério, Guedes disse que o país está “avançando em direção a um futuro de prosperidade”.
Valor do salário mínimo
Em relação à falta de aumento do salário mínimo, o ministro argumentou que o país foi atingido por uma guerra da “comida e da energia” e por uma da “crise sanitária”.
“A verdade é que essa geração pagou pela guerra. Nós pagamos pela guerra. Nós fizemos sacrifícios e ficamos sem aumento de salário, tivemos uma recuperação econômica forte. Não houve aumento de salário real, porque, durante uma guerra, o normal é que haja perdas importantes”, justificou Guedes.
De acordo com o ministro, o governo lutou para manter o salário, os empregos e a capacidade de investimento do Brasil.
Projeção do ideal
Desde 2019, o reajuste do salário mínimo não incorpora ganhos reais aos trabalhadores. Isso porque a correção tem considerado apenas a taxa inflacionária por meio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
De acordo com estudo de projeções realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), o valor ideal do ganho em família (considerando 4 pessoas) em abril seria de R$ 6.754,33.
Esse valor levou em consideração diversos fatores, tais como o nível da inflação, o preço médio das cestas básicas pelo país, quando comparado ao valor real do salário mínimo.
No entanto, apesar das dificuldades enfrentadas, também de acordo com o DIEESE, esse mesmo cálculo já teve índices piores.
Por exemplo, em abril de 1995, o salário mínimo ficava em R$ 70 e o valor ideal de recebimento familiar mensal era de R$ 812,78, o que representa uma proporção de 8,612%.
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