O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira (22) que a prioridade do governo é a questão social. Ele também disse que, para ajudar os brasileiros, o ajuste fiscal do Brasil ficará um “pouco menos intenso”. Pelo menos é essa a preferência do governo, segundo o ministro.
Em resumo, Guedes fez as declarações em uma entrevista no Ministério da Economia ao lado do presidente Jair Bolsonaro. Aliás, a atenção do mercado está focada na área econômica nos últimos dias. Tudo graças ao Auxílio Brasil, novo programa social que substituirá o Bolsa Família.
A saber, o Auxílio Brasil entrará em vigor no país a partir de novembro. De acordo com informações inciais, o benefício terá o valor de R$ 400, que seguirá até dezembro de 2022. O objetivo da medida é angariar mais votos para o presidente Jair Bolsonaro para as eleições presidenciais de 2022.
No entanto, o mercado não sabe de onde o governo irá tirar dinheiro para financiar o programa. As preocupações com a saúde fiscal do país fez o dólar disparar na semana e a Bolsa Brasileira afundar. Em suma, o temor com a saúde fiscal do Brasil, que vai mal das pernas há tempos, está afugentando cada vez mais investidores do país.
Veja o que Guedes disse na entrevista
“Preferimos tirar 8 em fiscal — em vez de tirar 10 — e atender aos mais frágeis”, disse Guedes. Ele se referia justamente às preocupações do mercado, que não sabem se o governo terá condições de honrar suas dívidas no futuro. Ou seja, muitos temem que o governo dê calote nos credores, mas isso não parece afetar o ministro.
“Nós preferimos um ajuste fiscal um pouco menos intenso e um abraço do social um pouco mais longo. É isso que está acontecendo”, acrescentou Guedes.
“Todo mundo está dizendo que o povo está tendo dificuldade de comer, de comprar o gás de cozinha. Nós vamos ajudar os brasileiros. Nós vamos ajudar essas 17 milhões de famílias e vamos reduzir o ritmo do ajuste fiscal”, declarou o ministro.
Por fim, Guedes disse que nada disso irá afetar o teto de gastos públicos, tido como âncora fiscal do país. “Do ponto de vista fiscal, não altera os fundamentos fiscais da economia brasileira. Não abala os fundamentos fiscais. Os fundamentos são sólidos”, afirmou.
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