O ministro da Economia, Paulo Guedes, falou mais uma vez sobre o aumento dos preços das contas de energia elétrica. Segundo ele, o país irá elevar novamente a bandeira tarifária aplicada para conseguir enfrentar a crise. Ele afirmou que “não adianta ficar sentado chorando”.
Em resumo, Guedes participou nesta quinta-feira (26) de uma audiência pública no Senado Federal e aproveitou o momento para reforçar a grave crise hídrica que Brasil vem enfrentando. A saber, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) também informou nesta quinta que o país não será capaz de gerar energia elétrica suficiente para atender à demanda da população a partir de outubro.
“Temos de enfrentar a crise. Vamos ter de subir a bandeira, a bandeira vai subir. Vou pedir aos governadores para não subir automaticamente [o ICMS da energia elétrica], eles acabam faturando em cima da crise. Temos de enfrentar, não adianta ficar sentado chorando”, disse Guedes.
Vale destacar que o brasileiro já está pagando mais caro pela conta de energia elétrica desde julho. No entanto, os gastos para continuar abastecendo o país continuam crescendo. Aliás, o ONS já citou o aumento da importação de energia e o uso de mais termelétricas para o Brasil conseguir atender à demanda por energia. E tudo isso gera custo para o país, que será pago pelos consumidores, como sempre.
Guedes afirma que crise hídrica é um problema de década
O ministro da Economia fez mais declarações sobre a situação em um evento virtual promovido por uma corretora de investimentos. Segundo ele, a maior crise hídrica dos últimos 91 anos “foi produzida ao longo dos últimos 10, 15 anos”.
“Eu dizia, em termos de convocação, de exortação ao grupo, eu dizia o seguinte: ‘temos uma crise hídrica, subiu o preço da energia, mas e daí? Nós vamos enfrentar, é mais uma crise, mas nós vamos enfrentar’. Era uma convocação para enfrentar a crise”, explicou Guedes.
“Aí na mesma hora vira: ‘ministro não está nem aí para a crise’. É uma falsa narrativa, uma destruição de reputações, é um assassinato de reputações, é um erro isso”, ressaltou. Em suma, ele reconheceu a gravidade da crise hídrica, mas afirmou que o governo federal irá enfrentar o problema.
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