A Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa acionou três órgãos: o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Procuradoria-Geral da República e a Superintendência Regional da Polícia Federal (PF) em Brasília. O motivo: ter acesso a eventuais investigações sobre institutos de pesquisa.
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Assim como publicou o Brasil123, dois dias depois do primeiro turno nas eleições, Anderson Torres, ministro da Justiça, foi ao Twitter anunciar que havia encaminhado à PF um pedido de apuração sobre as empresas de pesquisa. Na ocasião, ele acusou “alguns institutos” de “condutas que, em tese, caracterizariam a prática de crimes”.
Nesta quarta-feira (12), o portal “UOL” revelou que a Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa enviou um ofício aos órgãos citados dizendo que quer acompanhar as diligências e “colaborar com o esclarecimento de qualquer questão acerca das atividades de seus membros e associados”. Além disso, a entidade afirma que tem o “legitimo interesse em acompanhar as investigações e sustentar o descabimento de eventuais medidas cautelares”.
Polêmica envolvendo os institutos de pesquisa
Todo o imbróglio envolvendo os institutos de pesquisa vieram à tona após o final do primeiro turno. Isso porque, diferentemente dos levantamentos, que apontavam Bolsonaro com cerca de 37% das intenções de votos, o presidente somou um percentual bem maior: 43,2%.
Na ocasião, Bolsonaro disse que o resultado do primeiro turno das eleições “desmoralizou” os institutos que fazem as pesquisas eleitorais. Para os institutos, não existe uma explicação única para as divergências. Isso porque, dentre as hipóteses, estão questões estatísticas, as metodologias dos levantamentos e mudanças no comportamento dos eleitores.
Além disso, uma matéria publicada pelo Brasil123 mostrou que as diretoras do Datafolha, Luciana Chong, e do Ipec, Márcia Cavallari, principais institutos de pesquisa do Brasil, afirmaram que a divergência pode ter se dado por conta de um fôlego do Bolsonaro devido a um possível voto útil nele na reta final do primeiro turno.
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