Nos últimos dias a Polônia relatou diversos focos de gripe aviária H5N1 altamente patogênica em fazendas avícolas. Segundo informações da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), um total aproximado de 650 mil aves foram afetadas.
A Polônia é o maior produtor de aves de toda a União Europeia. O histórico aponta cinco surtos, dos quais quatro ocorreram em fazendas responsáveis por engordar perus em uma granja de frangos de corte. Um dos surtos foi identificado na região oriental do país.
Já outro, foi descoberto em uma granja de perus e gansos na parte ocidental da Polônia, de acordo com dados de um relatório das autoridades locais. É importante ressaltar que a gripe aviária se espalha com frequência através de aves selvagens migratórias e tem proliferado com agilidade pela Europa.
Diante das circunstâncias, a indústria avícola está preocupada com o cenário após os surtos. Isso porque, a tendência é que dezenas de milhões de aves sejam enviadas para o abate em decorrência das restrições do comércio internacional.
Na última sexta-feira, o governo francês emitiu um alerta máximo para a gripe aviária, prolongando a exigência com o propósito de manter todos os grupos de aves nas áreas internas. A decisão foi tomada após as autoridades holandesas determinarem que as fazendas comerciais mantivessem todas as criações em áreas internas após um registro de gripe aviária.
Por outro lado, no Reino Unido, um surto de gripe aviária altamente patogênica H5 foi identificado em uma singela unidade avícola situada no centro da Inglaterra nesta segunda-feira, 8. Na última semana, o Reino Unido já havia declarado na última semana uma Zona de Prevenção da Gripe Aviária por todo o país, ordenando que as granjas e criadores de aves reforçassem as medidas de biossegurança.
Após o alerta do governo francês, a mudança estenderá a exigência de manter os rebanhos de aves dentro de casa. “Desde o início de agosto, 130 casos ou aglomerados de gripe aviária foram detectados em animais selvagens ou em fazendas na Europa”, de acordo com um comunicado do ministério.
As medidas de prevenção reforçadas têm o intuito de proteger as granjas. A exigência de manter os rebanhos dentro de caso, será adaptada até que as práticas de produção sejam evidenciadas como a agricultura caipira. Vale destacar que as medidas da França não serão capazes de ameaçar o status de livre da gripe aviária que o país assegurou no início do mês de setembro, época em que uma terceira onda da gripe aviária teve início.
A França já abateu cerca de 3 milhões de aves no último inverno na região de criação de patos no sudoeste, enquanto lutava contra a disseminação da gripe aviária em aves selvagens para outros bandos de aves no país.