Você está na contagem regressiva para a Black Friday? Como se sabe, essa é uma importante data para o varejo nacional. No entanto, precisa saber que o evento deve sofrer impacto com uma greve dos Correios do Brasil.
Cabe detalhar que a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) anunciou nesta quarta-feira (22), os preparativos para uma greve, que começará nesta quinta-feira (23), por tempo indeterminado.
Em suma, o pleito dos funcionários da estatal é pelo aumento de salário para a categoria base, no valor de R$ 250.
“Sem aumento, sem Black Friday”, diz o slogan da greve.
Greve dos Correios
Segundo os Correios, a paralisação envolve “40% do efetivo nacional da empresa e 60% do fluxo postal do país”.
Ainda mais, outros sindicatos também podem aderir, com mobilizações iniciadas em vários estados, como São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins e Maranhão.
A saber, o anúncio inicial envolve os sindicatos dos Correios das cidades de São Paulo e Bauru (SP) e dos Estados do Rio de Janeiro, Tocantins e Maranhão.
Com isso, por haver mais sindicatos a se juntar na greve, com assembleias marcadas para hoje a noite desta quarta (22) e amanhã (23).
O que os funcionários dos Correios reivindicam
A Findect tem contestado a gestão da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), comandada por Fabiano Silva, após negociações falharem em abordar 26 inconsistências em um acordo coletivo.
Então, a federação alega que a direção da empresa tem se mostrado distante das necessidades dos trabalhadores, adotando políticas que os prejudicam.
A gota d´água para a greve dos Correios, considerado o grande ponto de atrito, é a recusa da ECT em incorporar um aumento de R$ 250 ao salário-base, optando por um pagamento alternativo chamado “steps”, que, segundo a Findect, não oferece vantagens reais.
Além disso, a Federação critica a possibilidade de tributação sobre uma bonificação de R$ 1.500 e os descontos excessivos em outra bonificação recente, o que contradiz a promessa de que os valores seriam recebidos líquidos.
Sendo assim, em resposta, a categoria afirma que se mobiliza para uma greve não só por estas questões financeiras, mas também para exigir a realização de concursos públicos e a melhoria das condições de trabalho, frente a um déficit de pessoal que persiste há mais de dez anos.
Procurados, os Correios não puderam comentar o assunto de imediato. Dessa forma, resta acompanhar os próximos passos dessa questão, para saber se a reivindicação vai seguir ou não.