Segundo os sindicatos da área, a greve dos caminhoneiros pretende tomar forma nesta segunda-feira, 1º. Contudo, o governo e juízes já deram suas cartas e assinaram sentenças em que proibiam as paradas em grandes rodovias. Hoje, a Polícia Rodoviária Federal afirmou ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) que não haveria interferências nas estradas: “não há nenhum obstáculo, seja ele parcial ou total”.
Neste ano, tende a ser ainda mais complexa que em 2018. Para especialistas, não é o momento ideal para que se iniciem paradas, ainda mais em época de vacinação e retomada econômica. No fim de semana que passou, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) assinou ainda um decreto que proíbe a paralisação na Rodovia Presidente Dutra. Quem for flagrado passando sobre ela ou atrapalhando o tráfego será acusado de crime de desobediência.
Para a magistrada, embora o poder de manifestação seja concedido pelo Estado, os indivíduos não podem ferir o direito de outros no quesito de ir e vir. É um local movimentado e muitas pessoas utilizam para trabalhar ou levar crianças para creches. A mesma decisão ocorreu na Rodovia Regis Bittencourt, em que a juíza delimitou áreas em que não se poderia parar caminhões: KM 268 (Taboão da Serra) e KM 569 (divisa com o Paraná).
O que diz a Associação Nacional do Transporte Autônomo do Brasil (ANTB) sobre a greve dos caminhoneiros?
O presidente da Associação Nacional do Transporte Autônomo do Brasil (ANTB), José Roberto Stringasci, afirmou que a movimentação deve se espalhar em escala nacional e que as atividades começam já nesta segunda. Para ele, cerca de 70% dos caminhoneiros devem aderir à greve. Segundo Stringasci, até sexta ou quinta-feira devem ter mais de 1 milhão de adeptos.
Há alguns que arriscam números maiores e outros acreditam que a greve dos caminhoneiros não trará consequências profundas para a economia brasileira. Para Dedeco, o protagonista entrevistado em outra reportagem do Brasil 123, afirma que não irá ocorrer. Afirma que os trabalhadores do setor ainda são cegos pelo presidente, chegando a espalhar fake news em grupos de Whatsapp para empurrar a culpa para governos como o PT.
Em nota, o porta-voz da CNTTL, afirmou que não suporta a insensibilidade do governo sobre exigências mínimas pedidas pelo setor. Somente no ano de 2021, o combustível já teve alta de 13,4%. Para Guedes, não há o que fazer em relação a isso: notificou que diminuiria o valor de PIS / Cofins mas não foi o suficiente.