A Huawei Technologies da China não conseguiu convencer as autoridades de segurança britânicas de que os riscos de segurança de usar seus produtos na infraestrutura nacional britânica podem ser adequadamente gerenciados, de acordo com um relatório governamental divulgado na quinta-feira.
Não sentiu firmeza
Uma diretoria liderada pelo governo que supervisiona o controle do equipamento Huawei na Grã-Bretanha disse que problemas contínuos com as práticas de engenharia e segurança da empresa significavam que ela só poderia dar “garantia limitada” de que todos os riscos às redes britânicas poderiam ser suficientemente mitigados a longo prazo.
O conselho – que inclui funcionários da agência britânica GCHQ de sinais de inteligência – disse que a Huawei tinha feito apenas um progresso limitado no tratamento das questões levantadas no ano passado.
O órgão disse não ter confiança na capacidade da empresa de concluir uma revisão de segurança cibernética previamente anunciada.
As descobertas aumentarão a pressão sobre a Huawei, o maior fabricante mundial de equipamentos de redes de telecomunicações, que tem sido sitiada por repetidas rodadas de sanções e alegações de que seus produtos podem ser usados por Pequim para espionagem.
Nada a ver com Xi
A Huawei negou repetidamente as alegações e disse na quinta-feira que a avaliação britânica mostrou que as vulnerabilidades do equipamento não eram resultado de “interferência do Estado chinês”.
“O relatório reconhece que, enquanto nosso processo de transformação de software está em seus primórdios, fizemos alguns progressos na melhoria de nossas capacidades de engenharia de software”, disse um porta-voz da empresa.
Após conceder inicialmente à Huawei um papel limitado na infraestrutura 5G do Reino Unido, o Primeiro Ministro Boris Johnson reverteu essa decisão em julho, ordenando que todos os equipamentos da empresa fossem purgados das redes nacionais até o final de 2027.
A razão dada para a reviravolta foi o impacto das novas restrições dos EUA à tecnologia de chips, o que o Centro Nacional de Segurança Cibernética (NCSC) da Grã-Bretanha disse aos ministros que significava que a Huawei não era mais um fornecedor confiável de equipamentos.