Em meio à febre em relação ao filme da Barbie, o Governo Federal utilizou uma imagem da boneca mais famosa do mundo para incentivar o uso dos títulos do Tesouro Direto. Para fazer a analogia, o Ministério da Fazenda utilizou a “Barbie Investidora”, em alusão às diferentes profissões disponíveis para a compra da boneca em lojas de brinquedos.
O produto vem ganhando adesão entre os investidores brasileiros. Atualmente, são mais de R$ 116 bilhões investidos no Tesouro Direto. Vale lembrar que o produto tem a mesma segurança da poupança, mas tem rendimentos maiores.
Governo incentivando o Renda+
A postagem do Governo Federal tinha como intuito incentivar o investimento nos produtos do Renda+, a nova modalidade de investimentos. Lançada em janeiro, já são mais de R$ 1 bilhão investidos apenas nessa categoria, que tem como foco a aposentadoria. Para especialistas, na prática o produto funciona como uma previdência privada, mas é preciso ter atenção.
Isso porque o Renda+ é um produto de longo prazo e deve ser mantido na carteira de investimentos até o fim do vencimento. Caso o investidor queira se desfazer do ativo antes do prazo estipulado, pode haver uma grande perda de valores por conta da marcação a mercado dos ativos. Além disso, é preciso ressaltar que o investidor só pode se desfazer do produto a partir de 60 dias após a compra.
Atualmente são 3 tipos de ativos do Renda+ no Tesouro Direto:
- RendA+ 2030, com R$ 374,3 milhões em compras liquidadas (36% do total)
- RendA+ 2035, com R$ 192,1 milhões (19% do total)
- RendA+ 2065, com R$ 133,2 milhões (13% do total)
Vale lembrar que o prazo de vencimento dá um excelente vantagem para os investidores. Isso porque terminado o período de aportes, o governo se compromete a pagar um salário determinado para você por, pelo menos, 20 anos. Dessa forma, o Tesouro Direto pode ser uma forma fácil, segura e rentável de pensar na aposentadoria.
Diferença do Tesouro Direto para a previdência privada
Apesar de funcionar como uma previdência privada, o título do Tesouro Direto tem algumas diferenças importantes em relação ao título. Isso porque existem vantagens maiores nos produtos da previdência tradicional, mas o título do governo também tem atrativos para os investidores. Por isso, uma boa estratégia pode ser usar ambos os títulos na composição de uma previdência pessoal.
No caso dos produtos da previdência privada tradicional, existem duas modalidades: PGBL e VGBL. Para o PGBL há uma isenção de 12% no imposto de renda sobre a renda bruta. No segundo, existe um imposto de renda de 10%, apenas, após 10 anos de investimentos. Essa é a menor alíquota do mercado financeiro, com exceção dos títulos isentos. Porém, isso não acontece no Tesouro Direto.
Isso porque o Renda+ tem uma alíquota de 15% para investimentos a partir de 2 anos. Porém, como já abordado pelo Brasil123, os maiores fundos de previdência do país não possuem bons retornos e com o Tesouro Direto isso nao é verdade. Isso porque os produtos sempre pagarão acima da inflação para quem levar os títulos até o vencimento.