Victor Godoy, este é o novo ministro da Educação. A nomeação do novo chefe da pasta foi publicada nesta segunda-feira (18) no “Diário Oficial da União”. Com isso, chega a cinco o número de ministros do órgão ao longo dos pouco mais de três anos do governo de Jair Bolsonaro (PL).
Apesar de ter sido nomeado oficialmente somente agora, Victor Godoy já vinha exercendo a função de presidente do Ministério da Educação (MEC) desde o final de março, quando o até então ministro Milton Ribeiro deixou o cargo.
Antes de assumir a presidência da pasta, uma das mais importantes do governo, Victor Godoy exercia o cargo de secretário-executivo da pasta. Isso, desde 2020. Antes, ele atuou como auditor federal de finanças e controle da Controladoria-Geral da União (CGU), onde trabalhou por 16 anos.
Crise no Ministério da Educação
A escolha de Victor Godoy para a presidência da pasta acontece por conta da crise instaurada no MEC, que viu surgir inúmeras denúncias de irregularidades na gestão de Milton Ribeiro. Uma delas foi um áudio divulgado pela imprensa.
Na gravação, o até então ministro aparece, durante uma reunião com prefeitos, afirmando que estava priorizando repassar verbas para aqueles municípios apontados por pastores. No áudio, Milton Ribeiro ainda disse que estava fazendo isso por conta de um pedido do presidente Jair Bolsonaro.
Por conta dos áudios, vários prefeitos, das mais variadas regiões do Brasil, vieram à público relatar que, de fato, ouviram pedidos de propina desses pastores, identificados como Gilmar Santos e Arilton Moura – nenhum deles têm cargo no MEC. Em uma dessas denúncias, um prefeito disse que esses líderes religiosos, que afirmavam ter poderes sobre os repasses do MEC, chegavam a pedir ouro em troca de recursos. Também existe o relato do pedido de bíblias para que o repasse pudesse acontecer.
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