Quem gosta de viajar sabe que, para ir para outros países, sobretudo Estados Unidos, é necessário emitir um visto, documento que autoriza o indivíduo a entrar no país almejado. Desde 2019, a recíproca não é verdadeira quando falamos de americanos que querem fazer o caminho contrário, isto é, entrar no Brasil.
No entanto, isso vai acabar, pois o governo passará a obrigar que americanos emitam um visto para entrar no território brasileiro. A informação foi revelada na quarta-feira (08) pela jornalista Julia Duailibi, do canal “Globo News”.
A ordem para a volta da exigência do visto foi feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e acontece levando em conta a “reciprocidade”, ou seja, como o país exige que brasileiros tenham visto para entrar em seu território, o petista determinou que o mesmo deve acontecer quando indivíduos americanos queiram entrar em solo brasileiro.
Além de pessoas vindas dos Estados Unidos, a determinação de Lula também alcança indivíduos vindos de outros três países, sendo eles: Japão, Canadá e Austrália. Na quarta, quando a informação foi revelada, ainda não existia uma previsão de quando a medida passaria valer.
Isso mudou nesta quinta-feira (09), quando o Itamaraty informou que a obrigação de visto para pessoas vinda dos países citados começará a valer a partir de outubro. Em nota, o governo brasileiro informou que esses viajantes poderão emitir o visto de forma eletrônica, isto é, eles não precisarão ir até consulados brasileiros, algo que era necessário antes.
Bolsonaro liberou entrada sem visto no Brasil
Pessoas vindas dos Estados Unidos, Japão, Canadá e Austrália passaram a poder entrar no Brasil sem visto em março de 2019 por conta de uma determinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que tomou a decisão após um encontro com o até então chefe do Executivo americano Donald Trump, que estava à frente da Casa Branca na ocasião.
Segundo Bolsonaro, ao anunciar a medida, essa dispensa foi dada com o objetivo de aumentar o número de turistas no Brasil. Na ocasião, o ex-presidente afirmou que a expectativa era que a presença de turistas em solo brasileiros saltasse de 6,7 milhões para 12 milhões.
Na avaliação do governo Lula, a volta da exigência não tera um grande impacto. Isso, tendo como base os dados que tratam do fluxo de entrada de pessoas oriundas nesses países desde o início da isenção. Conforme a gestão atual, quando a isenção começou a valer, houve, de fato, um aumento de 12% na entrada de norte-americanos, sendo que, por outro lado, a entrada de pessoas vindas do Japão caiu 4,4%.
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