Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, revelou nesta terça-feira (01) que o governo federal pretende manter as alterações feitas pelo Senado na nova regra fiscal. Dentre as manutenções, estão as despesas condicionadas que, segundo ele, deixaria “mais realistas” as estimativas de gastos do Executivo em 2024.
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Por despesas condicionadas, entende-se a possibilidade de o governo gastar mais dentro de um limite da estimativa de inflação, desde que com concordância do Congresso. Essa nova regra fiscal já passou pela Câmara dos Deputados. Depois de passar pela casa em questão, o texto foi enviado ao Senado, onde também foi aprovado. No entanto, como os senadores alteraram o projeto, será necessária uma nova análise pelos deputados.
A declaração do ministro foi feita durante entrevista coletiva realizada na casa do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), onde aconteceu uma reunião que incluiu também os senadores Jaques Wagner e Randolfe Rodrigues.
Além da regra fiscal, Alexandre Padilha também falou sobre a taxa básica de juros, a Selic. De acordo com ele, tanto o governo quanto o Congresso deram condições para que o Banco Central possa baixar a taxa de juros que, atualmente, em 13,75% ao ano. Assim como publicou o Brasil123, acontece nesta quarta-feira (02) a conclusão da tão esperada reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, que deve decretar o primeiro corte na Selic.
De acordo com informações do jornal “Folha de S. Paulo”, é amplo o sentimento de economistas e especialistas de que haverá um corte. Isso, por conta dos sinais que o próprio Copom deu nos comunicados de seu último encontro, em junho.
Nesse sentido, explica a publicação, a principal dúvida perdura sobre qual será a magnitude do corte. Hoje, grande parte das casas aposta em uma redução mais cautelosa, de 0,25 ponto percentual. Todavia, existem outras mais otimistas, que acreditam que já seja possível ter um corte de 0,5 p.p.
Em contrapartida, existem uma terceira via, composta de instituições que são especialistas no tema e então divididas entre as duas possibilidades. Apesar disso, existe um consenso entre as várias análises, o de que decisão do Copom será longe de ser unânime, isto é, alguns diretores do Copom devem votar por um corte mais brando, enquanto outros devem defender uma redução mais acentuada já nesta quarta.
A reunião do Copom começou nesta terça-feira e se estenderá até a quarta, quando, após as 18h30, será publicado o resultado e um comunicado justificando a decisão. O Copom, responsável por analisar a situação econômica do país e, a partir dela, gerir a Selic, é formado pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e outros oito diretores.
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