O Ministério da Economia começa a sinalizar uma possível redução do PIB brasileiro para 2022. Com isso a estimativa que previa um crescimento de 2,1% deve arrefecer para a casa dos 1,5%. Vale lembrar que em 2021 o PIB brasileiro cresceu 4,6%.
O anúncio do arrefecimento do PIB deve ocorrer até o dia 22 de março. O dado serve como referência para a revisão bimestral do orçamento.
Em 2021 a alta no PIB, após um tombo de 4,1% em 2020, ano que concentrou os efeitos catastróficos da pandemia da Covid-19, gerou uma certa expectativa de uma nova onda de crescimento.
Freio na atividade econômica
O ministro da economia, Paulo Guedes, já tinha previsto uma desaceleração econômica para o ano de 2022. Mas agora, a previsão é de uma desaceleração ainda mais significativa.
Uma das causas que inviabiliza o crescimento econômico para 2022 é o ciclo da alta nos juros. A fim de reduzir os impactos da inflação, o Banco Central vem anunciando aumento na Taxa Selic desde o início do ano.
Alguns analistas do mercado financeiro enxergam com um maior pessimismo a desaceleração da economia do país em 2022. Para alguns, o PIB deve variar apenas 0,49%. Esse número é muito menor ante a projeção do próprio governo federal.
A inflação e a redução do PIB
Além do aumento na taxa de juro, como vimos anteriormente, a inflação cada vez mais persistente tende a fragilizar ainda mais a renda do consumidor e o cenário acaba piorando quando analisamos o cenário macroeconômico.
Nesse sentido, todo esse conjunto vai contra o principal motor da economia brasileira que é a renda do consumidor brasileiro. Com o objetivo de reduzir esse impacto, o governo federal tende a ampliar o “Auxilio Brasil”, projeto que visa transferir mais de 90 milhões de reais para as famílias de baixa renda.
Além disso, o governo federal também planeja outras medidas a fim de destravar a situação econômica do país. Uma delas é destravar o crédito para pequenas empresas e outros consumidores. Com isso, o presidente Jair Bolsonaro deve anunciar uma nova rodada de saques do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).
Avaliando as mudanças e a redução do PIB
Todas essas medidas visam beneficiar mais de 40 milhões de trabalhadores em todo o Brasil. Essas mudanças devem impactar a avaliação do Orçamento para 2022. Como a revisão da inflação na inflação deve ser de magnitude maior que a mudança do PIB, a tendência é o governo notar um ganho líquido do lado das receitas recolhidas.
O saldo positivo, em consequência das mudanças adotadas pelo governo federal, ajudará a acomodar os recentes cortes de tributos. O governo, recentemente, anunciou a redução de 25% no IPI (Imposto sob Produtos Industrializados) e isso gerou um impacto de quase 10 bilhões de reais para a União.