A arrecadação do governo federal em 2022 esta alcançando resultados bastante expressivos. De acordo com a Receita Federal, a arrecadação acumulada em janeiro e fevereiro deste ano totalizou R$ 386,3 bilhões. Esse é o maior valor já registrado pela série histórica, que teve início em 1995.
Em meio aos fortes números registrados, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (7) que o excesso de arrecadação poderá ser usado para correção da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física.
“Conversamos se corrigimos a tabela do IR agora ou deixamos para primeira ação de novo governo. Não queremos usar toda a alta de arrecadação de uma vez. Vamos devolver apenas parte para não corrermos riscos fiscais”, disse Guedes em evento virtual de um banco de investimentos.
Além disso, o ministro afirmou que a equipe econômica também pretende utilizar o excedente da arrecadação para outras áreas. Segundo ele, o valor seguiria para financiar a renegociação de dívidas do Simples Nacional, bem como isentar investidores estrangeiros.
No entanto, Guedes afirmou que estas mudanças econômicas nem sempre são aceitas pela ala política do governo. Por isso, a viabilização destas medidas depende da aprovação desta alta política.
“Ficam com a parte boa das medidas e retiram a parte ruim, que é a fonte de recursos. Com isso, acabamos tendo que vetar medidas por bater cabeça no governo”, explicou o ministro.
Guedes também fez comentários sobre greves
No evento, Guedes afirmou que as greves realizadas por servidores que desejam aumentos salariais não passam de uma ideia populista. Em resumo, ele afirmou que reajustes trarão mais custos para as próximas gerações, visto que o Brasil ainda se recupera da crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19.
“Se começar a dar reajuste para todo mundo, estamos empurrando o custo para filhos e netos”, disse.
Por fim, Guedes também aproveitou o evento para falar em novos cortes de impostos. A saber, o governo vem reduzindo os impostos para que as importações fiquem mais baratas no Brasil. Assim, a equipe econômica espera que a inflação, que segue há meses bastante elevada, perca um pouco de força nos próximos meses.
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