Neste ano, muito dificilmente os servidores públicos federais serão agraciados com o tão sonhado reajuste salarial. Para tentar conter os ânimos das categorias, descontentes pela promessa de Jair Bolsonaro (PL) de conceder aumentos apenas para as áreas da segurança, o governo deve implantar um bônus-alimentação de R$ 400 a todos os agentes do funcionalismo público.
Assim como vem publicando o Brasil123, em dezembro de 2021, o Congresso Nacional aprovou o Orçamento Federal. No texto, consta a reserva de R$ 1,7 bilhão para que seja possível dar um reajuste aos profissionais que atuam nas seguintes instituições:
- Polícia Federal (PF);
- Polícia Rodoviária Federal (PRF)
- E Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
Todavia, essa “exclusividade” não pegou bem e as outras categorias dos servidores federais passaram a ameaçar greves caso os reajustes não fossem estendidos para elas. Desde então, Bolsonaro passou a ser pressionado a desistir da ideia.
Na última segunda-feira (21), ele pediu “compreensão” para as demais categorias do funcionalismo para que ele pudesse reajustar os vencimentos dos policiais. No entanto, nesta quarta (23), a jornalista Natuza Neri, da “Globo News”, relatou que o governo agora pretende usar o R$ 1,7 bilhão previsto no Orçamento de 2022 para os reajustes dos policiais para distribuir o bônus-alimentação.
Atualmente, existem cerca de 480 mil servidores civis ativos do Executivo. Eles receberiam o auxílio entre os meses de abril e dezembro e esse auxílio viria depois que até os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) alertaram que um reajuste “exclusivo” poderia causar uma enxurrada de ações com base no princípio da isonomia, que trata da igualdade.
Segundo Natuza, a opção do auxílio-alimentação é atrativa porque é livre da taxação de imposto de renda. No entanto, o tema ainda não está definido, pois Bolsonaro tem dito que quer uma solução que esteja somada à reestruturação das forças de segurança, uma categoria importante para o presidente, que busca a fidelidade destes grupos em ano de eleições.
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