O risco de desabastecimento de diesel no Brasil vem ganhando cada vez mais atenção. Inicialmente, o governo informou que estava monitorando a situação e negou o risco de desabastecimento do combustível. Contudo, agora vem analisando alternativas para evitar a falta do diesel no país.
Em resumo, há duas principais alternativas pensadas pelo governo federal: aumentar o estoque de diesel e elevar o percentual do biodiesel na mistura com o combustível. O mais provável é que as duas soluções sejam adotadas a fim de reduzir o risco de desabastecimento.
O problema é que ambas as alternativas deverão resultar no aumento do preço do diesel ao consumidor. A saber, a Petrobras promoveu dois reajustes no preço do litro do combustível em 2022. Nas refinarias, o diesel acumula alta de 47% neste ano.
A situação é a mesma nos postos de combustíveis do país, com o diesel acumulando forte alta nos últimos meses. Em suma, o preço do combustível mais usado no Brasil bateu recorde há duas semanas, e a expectativa é que siga em patamar cada vez mais elevado.
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Governo tenta congelar preço dos combustíveis até eleições
Em meio a tudo isso, o governo tenta encontrar uma forma de evitar o risco de desabastecimento. Contudo, também busca uma solução que não aumente o preço do combustível, fato que pode desgastar a imagem do presidente Jair Bolsonaro, pré-candidato à reeleição.
Para evitar perder eleitores, o presidente quer congelar os preços dos combustíveis até as eleições. Aliás, o governo anunciou há nove dias a troca do presidente da Petrobras, no cargo há pouco mais de um mês. Tudo para que não haja reajustes dos preços dos combustíveis.
A saber, o país tem estoque para abastecer o mercado interno durante 38 dias em caso de suspensão das importações de diesel, segundo o governo. O mercado projeta que o risco de desabastecimento é maior entre agosto e outubro, período em que o país registra um pico de consumo do diesel. Seja como for, as atenções estão voltadas ao governo e à Petrobras.
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