Com um novo estilo de governo no Brasil, Lula começa seu governo com a aproximação de grandes ex-aliados do país, mas também começa a sinalizar uma mudança nas relações que o país começou a construir nos últimos 4 anos.
Nesse sentido, o Itamaraty já anunciou mudanças na sua postura frente a um conflito histórico entre Palestina e Israel.
Numa declaração, a chancelaria brasileira indica que o país “acompanhou com grande preocupação a incursão do Ministro de Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, na Esplanada das Mesquitas (“Haram-El-Sharif”), em Jerusalém, na manhã de hoje, 03/01″. O incidente gerou protestos por parte de grupos árabes em todo o mundo, reabrindo o debate sobre a situação dos palestinos na região.
Uma nova posição com Lula
Representando uma nova postura, a chancelaria brasileira, que representa o governo de Luiz Inácio Lula Silva, disse que respeita a luz do direito internacional e considera como fundamental o respeito aos arranjos estabelecidos pela Custódia Hachemita da Terra Santa, responsável pela administração dos lugares sagrados muçulmanos em Jerusalém.
Com isso, o primeiro comunicado do novo governo já confirma as expectativas que foram criadas em torno do assunto dos países árabes. Essa mudança reflete diretamente com a “união” que Jair Bolsonaro criou com a comunidade de Israel, principalmente, ao seu Ministro Benjamin Netanyahu.
Nesses últimos 4 anos a política externa brasileira evitou criticar Israel, ensaiou a mudança da embaixada de Tel Aviv para Jerusalém, abriu canais inéditos com a extrema direita israelense e ainda passou a votar contra várias das resoluções árabes na ONU.
Em sua posse, na segunda-feira, o chanceler Mauro Vieira também indicou que o Brasil retornaria a uma postura mais “equilibrada e tradicional” na questão envolvendo Israel e Palestina. Durante o governo Bolsonaro, os gestos de Brasília chegaram a levar países árabes a avaliarem um boicote contra produtos nacionais, o que não acabou ocorrendo. Em certas votações na ONU, o Brasil foi um dos únicos no mundo a ficar ao lado de Israel.
Outros rumos na política externa
Enquanto Bolsonaro rompeu relações com os vizinhos sul-americanos, como Venezuela, Argentina e Colômbia, devido a pensamentos políticos diferentes, o novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva surge como a solução para a reaproximação das negociações com os vizinhos do Mercosul.
Lula já disse que irá retomar suas parcerias, principalmente pela importância na cooperação de segurança e proteção da Floresta Amazônica. Além disso, o Brasil volta a receber políticos como Maduro.
Além disso, Lula volta a firmar parceria com o principal aliado econômico do Brasil aqui na América do Sul, a Argentina. A parceria que remonta desde o seu primeiro governo fez muito bem para o Brasil, o que elevou o número das exportações do país durante os anos anteriores.