A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeou nesta segunda-feira (30) 122 militares para ocupar cargos na defesa presidencial. De acordo com informações que constam em uma publicação no Diário Oficial da União (DOU), desses nomeados, 121 irão integrar o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) – um irá ocupar a posição na Segurança Imediata do presidente.
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Nos últimos dias, o governo federal dispensou mais de 70 militares, sendo que, durante o mês, a gestão Lula realizou encontros que teve como objetivo apurar formas de diminuir a influência militar nas áreas ligadas à presidência. Segundo a jornalista Andréia Sadi, da “Globo News”, entre as possíveis medidas está a transferência do GSI da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para a Casa Civil.
O GSI tem, entre algumas de suas responsabilidades, cuidar da segurança do presidente, da família e dos prédios oficiais. Nesta segunda, o governo nomeou:
- 9 supervisores;
- 28 assistentes;
- 23 secretários;
- 60 especialistas.
Não suficiente, o GSI também nomeado um assistente para ficar no Escritório de Representação do GSI no Rio de Janeiro e também um assessor para integrar a Assessoria Especial da Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata do Presidente da República do Gabinete Pessoal do Chefe do Executivo.
Atualmente, o governo Lula tenta se aproximar dos militares. Na última sexta, o presidente se encontrou com Tomás Paiva, general e novo comandante do Exército. Na ocasião, o chefe do Executivo teria ouvido do novo líder do Exército que a situação está “sob controle”.
Segundo o canal “CNN Brasil”, o estar “sob controle” foi uma avaliação do general sobre a primeira semana dele no cargo – Assim como publicou o Brasil123, Tomás Paiva assumiu o Exército no lugar do general Júlio César de Arruda , demitido pelo presidente Lula após os atos de 08 de janeiro. Na ocasião, apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes – Supremo Tribunal Federal (STF), Palácio do Planalto e Congresso Nacional.
Tomás Paiva também conversou com a imprensa na ocasião e afirmou que “ninguém está acima da lei”. Essa afirmação aconteceu após ele ter sido perguntado sobre as investigações que tem como alvo a suposta participação de integrantes das Forças Armadas nos atos terroristas de 08 de janeiro. “Qualquer militar ou civil, ninguém está acima da lei. Isso a gente faz com tranquilidade”, disse o general.
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