Carlos Lupi (PDT), ministro da Previdência Social, virou notícia nesta quarta-feira (18) após uma publicação do Diário Oficial da União (DOU) ter mostrado que ele nomeou a si mesmo como membro titular do conselho fiscal do Serviço Social do Comércio (Sesc), um cargo em que ele pode acumular uma remuneração que ultrapassa os R$ 20 mil.
De acordo com informações do canal “CNN Brasil”, os membros do conselho em questão recebem a medida em que participam de reuniões. Na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por exemplo, cada integrante do grupo recebia R$ 3,5 mil por encontro, sendo que, ao todo, são seis reuniões por mês, o que resulta em um salário de R$ 21 mil mensais.
Hoje, o ministro já tem um salário de cerca de R$ 39,2 mil como chefe da Previdência Social do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além dele próprio, Carlos Lupi também nomeou na publicação o tesoureiro do PDT, Marcelo de Oliveira Panella, que fará parte do conselho fiscal do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), ocupando uma cadeira que antes era ocupada pelo ex-ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP) – Carlos Lupi substitui o ex-ministro do Trabalho e Previdência Social, Onyx Lorenzoni (PL).
Os conselhos fiscais de Sesc e Senac também contam com outros membros do governo federal, representantes de centrais sindicais e da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Nesses conselhos, o peso de voto é igual para todos os sete conselheiros que compõem o colegiado, e os mandatos são de dois anos.
Em nota, o SESC destacou que quatro dos conselheiros são indicados pelo governo federal e apontou também que esses quadros “são costumeiramente vinculadas a órgãos do Poder Executivo, por se tratar de cargo de confiança”. “A atuação dos indicados pelo governo acontece, por força da lei, desde a criação da instituição, há mais de sete décadas, não sendo da alçada do Sesc qualquer tipo de interferência no processo de seleção”, disse a entidade.
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