O governo do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conta com o apoio massivo de partidos de centro e centro-direita, como o PSD, Republicanos e MDB, e até mesmo com o PL, legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro, para a aprovação do pedido que visa acelerar a votação do novo regime fiscal.
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Hoje, mesmo com siglas aliadas de menor expressão, como o PSOL e Rede, se posicionando contra o texto, o governo Lula, por conta do apoio de partidos do Centrão, deve ter 367 votos favoráveis ao texto, ante 102 contrários. De acordo com informações divulgadas nesta segunda-feira (22) pelo canal “CNN Brasil”, integrantes do governo enxergam a expressiva votação do requerimento de urgência do novo marco fiscal como um recado dos congressistas ao Palácio do Planalto.
Ainda segundo o canal, os possíveis 367 votos não têm sido utilizados como um parâmetro fiel da votação do mérito do novo regime fiscal, mas, sim, como um sinal de que os parlamentares estão dispostos a ajudar o governo federal. Isso, desde que eles consigam as contrapartidas exigidas – dentre elas estão, por exemplo, a concessão de cargos regionais na administração pública e a liberação de emendas.
Segundo a “CNN Brasil”, aliados de Alexandre Padilha, ministro de Relações Institucionais, que hoje atua como o responsável pela articulação política junto ao Congresso, afirmam que os próximos dias serão fundamentais para que seja possível consolidar a base de apoio da gestão Lula em prol da agenda econômica sugerida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Conforme alguns aliados de Alexandre Padilha, atualmente, as negociações de liberação de cargos e emendas estão enfrentando dificuldades nos chamados “ministérios-fim”. De acordo com a “CNN Brasil”, essas fontes explicam que isso acontece porque a Secretaria de Relações Institucionais por si só não conta com os recursos demandados pelos parlamentares – são outros ministérios como o da Educação e das Cidades, por exemplo, que têm a capacidade de liberar essas emendas.
Por fim, falando sobre o partido de Bolsonaro, o PL, a informação é que os 29 deputados que votaram a favor do requerimento de urgência do novo marco fiscal representam quase toda a ala governista da legenda que tem entre seus filiados o ex-presidente da República.
Esses deputados, desde o início do mandato de Lula, têm tentado manter uma interlocução junto ao Palácio do Planalto para garantir recursos para suas bases eleitorais. Conforme o canal, mesmo com o partido sendo a principal oposição ao governo Lula, não existe a previsão de punição aos parlamentares que apoiarem o texto do governo petista.
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