A Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República convidou, neste domingo (08), governadores para uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que seja possível discutir os atos de vandalismos registrados em Brasília, no Distrito Federal, por apoiadores do ex-chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL).
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De acordo com a jornalista Natuza Nery, do canal “Globo News”, a reunião deve acontecer nesta segunda-feira (09) às 18h e um dos objetivos é fazer um ato em defesa à democracia brasileira e ainda discutir ações conjuntas para resolver a crise atual. Segundo a comunicadora, outro foco do encontro será firmar apoios contra atos golpistas. Isso, articulando apoio nacional para evitar que os atos de Brasília se espalhem pelos estados.
Hoje, relatou Natuza Nery, autoridades dos três Poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário, acreditam que a imagem de união institucional é mais importante do que nunca, pois será necessário mostrar que todos estão contra os atos de vandalismo registrados neste domingo em Brasília.
Decreto de Lula
Neste domingo, após apoiadores radicais do ex-presidente Bolsonaro invadirem o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, Lula decretou intervenção federal no Distrito Federal. Durante o anúncio, Lula, que estava em Araraquara, no interior de São Paulo, acompanhando os estragos que a chuva fez no local, afirmou que o governo descobrirá quem foram os financiadores desses protestos.
“Vamos descobrir quem são os financiadores desses vândalos que foram a Brasília e todos eles pagarão com a força da lei”, disse Lula em um pronunciamento à imprensa ao comentar sobre os atos na capital brasileira. Segundo o presidente, a intervenção federal será comandada por Ricardo Garcia Cappelli, que é secretário-executivo do Ministério da Justiça.
Lula chegou em Brasília no final da noite deste domingo e vistoriou o Palácio do Planalto. Várias salas do prédio foram invadidas e depredadas, mas o gabinete de Lula, que tem porta com blindagem reforçada, não foi invadido. Até o final desta noite, cerca de 200 pessoas haviam sido presas.
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