O Governo Federal lançou, nesta segunda-feira (22), o edital para o Programa Mais Médicos. De acordo com a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao todo, serão 5.970 vagas. Essas oportunidades serão distribuídas em 1.994 municípios brasileiros, sendo que as inscrições começam na próxima sexta-feira (26) e vão até o dia 31 de maio.
Em nota, o governo federal explicou que a prioridade inicial será a convocação de profissionais brasileiros formados no país. No entanto, aqueles médicos formados no exterior, sejam eles nascidos ou não no Brasil, também serão convocados, todavia, nas vagas remanescentes.
Segundo a gestão Lula, o edital foi aberto com o intuito de “recompor vagas ociosas dos últimos quatro anos”. Não suficiente, dessas oportunidades, mil foram abertas para que seja possível atender a demanda da região da Amazônia. Os escolhidos irão receber uma bolsa-formação no valor de R$ 12.386,50 por 48 meses prorrogáveis pelo mesmo período.
Hoje, a expectativa é que a seleção aconteça em junho e, no fim do mesmo mês, os profissionais já comecem a atuar – essa seleção vai acontecer por meio de avaliação do currículo dos candidatos, com pontuações para cada formação a mais ou experiência anterior que o médico tenha.
Em entrevista coletiva, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Nésio Fernandes, revelou que quem participa do programa tem a chance de garantir a formação em Medicina de Família e Comunidade. “Nosso objetivo é que os profissionais com registro no Brasil ocupem as vagas que estão sendo ofertadas e por isso pensamos em tantas estratégias de incentivo”, disse ele, que além que relatar que o governo quer que até o fim do ano o programa conte com 28 mil médicos atendendo no país, também informou, entre as novidades no novo edital, estão:
- Tempo de contrato (de três para quatro anos);
- Possibilidade de licença maternidade (seis meses) e paternidade (20 dias);
- Especialização em medicina da Família e Comunidade e a possibilidade de mestrado em Saúde da Família.
O Programa Mais Médicos
Criado em 2013, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), hoje, o programa tem mais de oito mil médicos cadastrados. Deste total, segundo estimativas do governo, “cerca de 45% das vagas estão em regiões de vulnerabilidade social”.
Os interessados em fazer parte do programa, além de ter diploma de medicina com habilitação para exercício da profissão e não possuir pendências criminais seja na Justiça Federal ou Estadual, nos últimos seis meses, não podem ter sido desligados do programa a menos de 180 dias e nem ter sido desligados por descumprimento das regras.
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