100 anos. Este é o tempo que pessoas interessadas em informações dos crachás de acesso ao Palácio do Planalto emitidos em nome dos filhos Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filhos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), terão de esperar para ter acesso aos dados.
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Quem revelou a existência desses cartões utilizados pelos filhos do chefe do Executivo para ingressar na sede do governo foi a própria Presidência da República, em documentos públicos enviados à CPI da Covid-19 no mês de julho.
Já a informação sobre o sigilo de 100 anos foi revelado neste domingo (01) pela revista “Crusoé”, que informou que teve acesso aos documentos emitidos pela Secretaria-Geral da Presidência encaminhados por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).
De acordo com a publicação do jornal, as informações, de acordo com o governo, “dizem respeito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem dos familiares do senhor Presidente da República, que são protegidas com restrição de acesso”, informou a Secretaria-Geral da Presidência.
O sigilo de 100 anos
Ainda conforme a revista “Cruzoé”, termos citados pelo Planalto determinam que todas as informações pessoais relacionadas à “intimidade, vida privada, honra e imagem” terão acesso restrito, independente da classificação de sigilo, por um prazo de até 100 anos.
Antes do sigilo, a mesma revista já havia revelado que, entre abril de 2020 e junho de 2021, Carlos Bolsonaro, que é vereador do Rio de Janeiro, havia visitado o Palácio do Planalto 32 vezes neste intervalo.
Já outro documento, feito pela Casa Civil, mostrou que o acesso ao terceiro andar do Planalto e ao gabinete da Presidência eram de livre acesso do filho do presidente conhecido como 02.
Por outro lado, o deputado Eduardo Bolsonaro, o 01, esteve no gabinete do pai em três momentos. De acordo com a “Cruzoé”, todas essas visitas aconteceram em abril de 2020.
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