A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) informou nesta quinta-feira (11) que está apurando tecnicamente o incidente que está envolvendo dados pessoais, inclusive do presidente Bolsonaro. Um novo vazamento ocorrido mostrou mais de 100 milhões de números, essas informações pertencem ao dfndr lab, da empresa de cibersegurança PSafe. Semana passada, no dia 03 de fevereiro, a Polícia Federal já havia divulgado que iria começar com investigações para saber como havia ocorrido o vazamento de CPF, Score do Serasa juntamente com o CNPJ de empresas.
A ANPD é uma empresa de proteção de dados brasileiros que foi criada durante a elaboração da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais. Sendo assim, a autoridade é responsável pelo zelo de informações pessoais dos cidadãos juntamente com a proteção contra ataques de hackers.
De acordo com a reportagem do Neo Feed, o ocorrido da semana passada possui relações com os atuais. Já foi possível encontrar inúmeras informações à venda em fóruns da Dark Web (camada ainda mais profunda que na Deep Web). Nesta forma de navegação, encontra-se crimes sendo realizados no anonimato que vão desde o contrato de assassinos de aluguel até a venda de dados e informações de presidentes, deputados e ministros. Vale ressaltar que não é possível acessar através das navegações do Google.
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Ao todo, 102.828.814 foram vazadas e, em sua maioria, de operadoras como Claro e Vivo: 5,6 milhões e 57,2 milhões de contas, respectivamente. Entretanto, ambas negaram ter participação no ocorrido. Segundo informado, dados como número, data de nascimento, valor da conta telefônica e muitos outros aspectos estão à venda juntamente com informações de Fátima Bernardes e William Bonner.
Governo já foi vítima de vazamentos antes
No ano de 2020, existiu um perfil no Twitter chamado de Anonymous que realizou uma publicação contendo a senha e dados do cartão de crédito do presidente. Alguns acharam que era uma piada de mal gosto mas, outros decidiram realizar o teste para comprovar que eram dados falsos.
Contudo, descobriram que o cartão estaria passando e não tardou para que adolescentes, adultos e até mesmo crianças realizassem compras por ele. Boa parte foi cancelada e até os dias atuais não se sabe quem foi o responsável, o perfil teve a conta excluída nas redes sociais e agora só é possível encontrar contas falsas.