A presidência da Petrobras continua com uma rotatividade bem alta no governo Bolsonaro. Isso porque o Ministério de Minas e Energia anunciou na noite desta segunda-feira (23) que o atual presidente da estatal, José Mauro Coelho, sairá em breve do comando da empresa.
A saber, ele está no cargo há pouco mais de um mês. No entanto, cederá o seu lugar para Caio Mário Paes de Andrade, auxiliar do ministro Paulo Guedes no Ministério da Economia, onde ocupava o cargo de secretário de Desburocratização.
Em resumo, Mauro Coelho passou 40 dias na presidência da Petrobras. Aliás, ele foi o terceiro presidente da estatal no governo Bolsonaro. Os outros dois que vieram antes dele foram Roberto Castello Branco e Joaquim Silva e Luna, ambos demitidos.
A propósito, a troca do presidente ainda precisa passar pela aprovação do Conselho de Administração da Petrobras. Isso deverá ocorrer, porque o governo tem maioria no conselho por ser o acionista majoritário da empresa.
O Ministério de Minas e Energia divulgou uma nota sobre a troca do presidente da estatal. “Trabalhar e contribuir para um cenário equilibrado na área energética é fundamental para a geração de valor da empresa, gerando benefícios para toda a sociedade”, diz a nota.
Entenda porque há tantas trocas de presidentes na Petrobras
Em suma, os três presidentes da Petrobras foram demitidos por causa do aumento dos preços dos combustíveis no país. No último dia 10, a Petrobras reajustou o preço do litro do diesel em 8,87%, segunda alta em cerca de dois meses. A gasolina subiu em março, mas não teve reajuste neste mês.
Com isso, o preço médio nacional do litro do diesel bateu recorde nos postos de combustíveis do país na semana passada. De acordo com o levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço do combustível mais usado no Brasil chegou a R$ 6,943.
Tudo isso vem pressionando o governo federal, que tenta manter o nome de Bolsonaro livre de tudo o que remeta a alta de preços. Em síntese, o presidente é pré-candidato à reeleição e tenta eliminar fatores que possam fazê-lo perder popularidade. Por isso, o governo vem tentando evitar o encarecimento dos combustíveis no país.
Contudo, a Petrobras segue o critério de paridade internacional. A saber, essa política foi adotada pelo governo Michel Temer em 2016, fazendo com que o preço dos combustíveis tivesse uma variação de acordo com as cotações internacionais do barril de petróleo e do dólar.
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